Lula
Ricardo Stuckert
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou de forma veemente os EUA e pediu para que o país pare de "incentivar a guerra e comece a falar em paz".

Ao final da visita a Pequim, o representante brasileiro atacou os americanos.

"Eu acho que a China tem um papel muito importante, possivelmente seja o papel mais importante (em relação a guerra entre Rússia e Ucrânia). Agora, outro país importante são os Estados Unidos. Ou seja, é preciso que os EUA parem de incentivar a guerra e comecem a falar em paz, para a gente convencer o Putin e o Zelenski de que a paz interessa a todo mundo. A guerra só está interessando, por enquanto, aos dois", apontou.

Ainda em entrevista, Lula apontou que conversou com o líder chinês sobre a proposta brasileira de criar um "clube da paz" e também fez um alerta para a União Europeia. 

"Ontem discutimos com o Xi Jinping. É preciso que se constitua um grupo de países dispostos a encontrar um jeito de fazer a paz. Eu conversei isso com os europeus, conversei isso com os americanos e conversei isso ontem. Quem é que não está na guerra que pode ajudar a acabar com essa guerra? Somente quem não está defendendo a guerra. É preciso a União Europeia ter boa vontade, para a gente voltar a ter paz no mundo", alegou.

Por fim, ao ser questionado se espera uma reação negativa americana à reativação da parceria com Pequim, Lula foi enfático e garantiu que "não há nenhuma razão para isso".

"Quando eu vou conversar com os EUA, não fico preocupado com o que a China vai pensar da minha conversa. Estou conversando sobre os interesses soberanos do meu país. Quando venho conversar com a China, também não estou preocupado com o que os EUA estão pensando. Estou conversando sobre os interesses soberanos do Brasil", concluiu.

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