O então presidente Jair Bolsonaro encontrou o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, que teria enviado as joias à Michelle
Alan Santos/ Presidência da República
O então presidente Jair Bolsonaro encontrou o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, que teria enviado as joias à Michelle


A defesa de Jair Bolsonaro entregou, nesta terça-feira (4), o terceiro pacote de joias sauditas recebidas pelo ex-presidente em 2019. A entrega aconteceu em uma agência da Caixa Econômica Federal localizada em Brasília  após determinação feita pelo TCU (Tribunal de Contas da União). 

A confirmação da entrega dos itens milionários foi feita por Fabio Wajngarten, ex-secretário de comunicação do governo de Bolsonaro e que está assessorando o ex-chefe do Executivo. 

"A entrega reitera o compromisso da defesa do presidente Bolsonaro de devolver todos os presentes que o TCU solicitar, cumprindo a orientação do ex-mandatário do país, que sempre respeitou a legislação em vigor sobre o assunto", escreveu na sua conta oficial do Twitter. 


O terceiro kit de joias trazidas de uma viagem de Jair ao Catar e à Arábia Saudita conta com um relógio Rolex, uma caneta Chopard, abotoaduras, anel e uma espécie de rosário árabe. Os itens valiosos, somados, estão avaliados em R$ 500 mil. 


Ex-presidente prestará depoimento à PF

A polícia Federal intimou Jair Bolsonaro  e seu ex-ajudante de ordens, o coronel Mauro Cid, a depor no inquérito das joias milionárias que foram trazidas ilegalmente da Arábia Saudita para o Brasil. 

Tanto o ex-presidente como o coronel prestarão depoimentos no dia 5 de abril, em Brasília, no mesmo horário. O processo para investigar a entrada dos itens milionários no país foi aberto no dia 6 de março, três dias após o caso vir à tona.

Outra pessoa convocada para prestar depoimento foi o coronel Marcelo Câmara, que é o responsável pelo acervo pessoal de Jair, local para onde foram levados os itens árabes valiosos.

Indícios de envolvimento concreto

A PF encontrou “indícios concretos" do envolvimento do  ex-presidente na tentativa de resgatar as joias da Arábia Saudita de R$ 16,5 milhões, que foram retidas pela Receita Federal no aeroporto de Guarulhos, em outubro de 2021.

Entre os indícios encontrados pela PF está um ofício assinado pelo braço-direito de Bolsonaro, o coronel Mauro Cid . Ele solicitou ao secretário da Receita Federal "autorização para retirada por um representante das joias apreendidas".

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