O ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República ( Secom ), Paulo Pimenta , criticou a juíza Gabriela Hardt , da 9ª Vara Federal de Curitiba por retirar o sigilo da investigação que prendeu os suspeitos de planejar um atentado contra a vida do senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) e outras autoridades .
Nas redes sociais, Pimenta questionou qual seria o benefício da suspensão do sigilo e disse que a decisão de Hardt pode complicar as investigações da Polícia Federal.
"Uma juíza retirar o sigilo de um inquérito sensível e perigoso que ainda está em curso, sem combinar com a PF que está no comando da investigação ajuda no que? Tudo isso para ajudar a narrativa de um amigo? Vocês acham normal? Não se indignam?", questionou o ministro.
“Gabriela Hardt acaba expondo as investigações e, consequentemente, atrapalhando-as, já que as apurações seguem em curso e tratam de um tema sensível, que é o das organizações criminosas. Seu objetivo foi ajudar a PF?”, continuou Pimenta.
Apesar das críticas do ministro, a retirada do sigilo da investigação foi um pedido da própria Polícia Federal. O delegado da corporação, Martin Bottaro Pupper solicitou à juíza , na última quinta-feira (23), o levantamento total do sigilo da investigação que ele conduziu contra a facção que planejava matar Sergio Moro. A magistrada, no entanto, liberou somente alguns documentos para não comprometer as vítimas e investigados do caso.
“A retirada do sigilo do processo foi um pedido do delegado que conduz as investigações protocolado nos autos às 14 horas de ontem (23 de março). Contudo, por cautela, a juíza federal designada para atuar no caso, entendeu melhor manter o nível de sigilo 1, por segurança dos investigados e vítimas, autorizando a divulgação apenas das representações policiais e das decisões que autorizaram as prisões e as buscas, bem como o termo de audiência de custódia”, afirmou a Justiça Federal do Paraná através de nota.
Segundo os investigadores, o plano da facção criminosa foi delatado ao MP-SP (Ministério Público de São Paulo) no início de março por um ex-integrante do grupo.
O relatório, agora público, mostra que as ações começaram em setembro do ano passado, durante época de campanha eleitoral.
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