Lula durante a tomada de posse em Brasília
Ricardo Stuckert - 01.01.2022
Lula durante a tomada de posse em Brasília

Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública , afirmou na última sexta-feira (24) que a Polícia Federal encontrou mensagens que tramavam um plano para matar o  presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no dia 1º de janeiro, durante a posse presidencial .

Segundo Dino, o plano seria realizar um tiro de fuzil, a longa distância. Nas trocas de mensagens estava o envolvido no atentado a bomba no Aeroporto de Brasília , que ocorreu no dia 24 de dezembro.

"Esse cidadão que está preso, da bomba, do aeroporto, no dia 24 (de dezembro), ele estava fazendo treino e obtendo instruções de como dar um tiro de fuzil de longa distância. Ele estava obtendo informações. Há um diálogo dele em que ele procura informações de qual o melhor fuzil, qual a melhor mira para tantos metros de distância", afirmou o ministro ao jornal Estadão.

Questionado sobre o alvo ser o presidente, Dino respondeu que dá para entender que "havia atos preparatórios para a execução de um tiro que ia ser um tiro no dia da posse de Lula". 

"Mas dias antes ele dá a entender, né? Porque pergunta: “Qual o fuzil que é mais adequado para tal distância?”; “E a tal mira?” Aí o instrutor diz: “Não, essa mira é melhor”. Ou seja, havia atos preparatórios para a execução de um tiro que ia ser um tiro no dia da posse de Lula", explica o ministro.

Artefato explosivo em Brasília

George Washington de Oliveira Souza  realizou um ato terrorista no dia 24 de dezembro de 2022. Ele plantou uma bomba para explodir um caminhão-tanque no aeroporto de Brasília. No dia seguinte,  foi preso junto a um arsenal com das espingardas, um fuzil, dois revólveres, três pistolas, centenas de munições e uniformes camuflados. Foram encontradas outras cinco emulsões explosivas.

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, disse que o material detonado era "emulsão de pedreira", explosivo que costuma usado por mineradoras em escavações.

George Washington é empresário e tem 54 anos. Em depoimento, ele confessou ter montado um artefato explosivo próximo ao aeroporto de Brasília, que falhou e foi retirado pelo esquadrão antibombas da Polícia Militar.

Ainda, mais pessoas estavam envolvidas no atentado: Alan Diego dos Santos, que também já foi detido e Wellington Macedo de Souza, que segue foragido.

George também afirmou que  gastou cerca de R$ 170 mil com armas e que planejava um possível atentado organizado na cidade que seria colocado em prática nos próximos dias.

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