A PGR (Procuradoria-Geral da República) apresentou ao STF (Superior Tribunal Federal), nesta terça-feira (14), denúncias contra 139 pessoas presas em flagrante dentro na Praça dos Três Poderes durante os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro.
As denúncias são contra 137 golpistas que estavam no interior do Palácio do Planalto e outras duas pessoas detidas na Região da Praça e que portavam rojões, facas e materiais para produzir coquetel molotov.
No total, as acusações referem-se a 5 diferentes crimes: associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
Nas denúncias enviadas à Suprema Corte, A PGR indica que as pessoas envolvidas nos crimes citados acima participaram ativamente da destruição de móveis, além de gritarem palavras de ordem "demonstrativas da intenção de deposição do governo legitimamente constituído”.
Já foram denunciadas 835 pessoas por suspeita de envolvimento nos atos antidemocráticos, sendo 645 incitadores, 189 executores e um agente público por omissão. O relator do caso no STF é o ministro Alexandre de Moares.
Ataques terroristas em Brasília
Os prédios do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF) foram invadidos por bolsonaristas na tarde de 8 de janeiro. Eles protestaram contra a vitória de Lula e o uso das urnas eletrônicas.
No dia anterior, caravanas de bolsonaristas chegaram à Brasília para o ato. O ministro da Justiça, Flávio Dino, chegou a solicitar o uso da Força Nacional para manter a segurança da Praça dos Três Poderes.
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No Congresso, os manifestantes vandalizaram o salão verde da Câmara dos Deputados e invadiram o plenário do Senado. Já no Planalto, os suspeitos quebraram portas e tentaram invadir o gabinete presidencial.
Na Suprema Corte, os manifestantes tentaram invadir os gabinetes dos ministros, quebraram as portas dos armários onde ficam as togas, além de quebrar vidraças e vandalizar a fachada do prédio.
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