Na manhã desta quarta-feira (18), o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres presta depoimento à Polícia Federal . Uma equipe da PF chegou ao local onde o ex-ministro da Justiça do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está preso, no 4º Batalhão da Polícia Militar do DF, no Guará, pouco antes das 10h30 de hoje.
Torres foi preso último sábado (14) e será ouvido hoje pela primeira vez pela Polícia Federal. O advogado dele, Rodrigo Roca, também estará presente.
Ele é investigado por suposta omissão na contenção dos atos de vandalismo cometidos por bolsonaristas radicais nos prédios dos Três Poderes, em Brasília, no último dia 8 . No dia do ataque , Torres liderava a segurança pública do DF e estava de férias nos Estados Unidos.
A ordem de prisão contra o ex-secretário foi dada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Após a decisão, Torres embarcou na noite do dia 13 de volta para o Brasil e foi detido ainda no Aeroporto de Brasília .
Durante mandado de busca e apreensão na casa do ex-ministro, a PF encontrou uma minuta de decreto para Bolsonaro instaurar estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) . A medida serviria para mudar o resultado das eleições de 2022 , o que pode ser considerado inconstitucional.
Anderson Torres justificou dizendo que minuta estava em uma "pilha para descarte" e que o documento foi "vazado fora de contexto" .
"Havia em minha casa uma pilha de documentos para descarte, onde muito provavelmente o material descrito na reportagem foi encontrado. Tudo seria levado para ser triturado oportunamente no MJSP", escreveu nas redes sociais.
"O citado documento foi apanhado quando eu não estava lá e vazado fora de contexto, ajudando a alimentar narrativas falaciosas contra mim. Fomos o primeiro ministério a entregar os relatórios de gestão para a transição. Respeito a democracia brasileira. Tenho minha consciência tranquila quanto à minha atuação como Ministro", completou.
No sábado, ele participou da audiência de custódia e o Ministério Público Federal defendeu a manutenção da prisão do aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro .
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