Jair Bolsonaro faz discurso antes de deixar mandato
Reprodução - 30.12.2022
Jair Bolsonaro faz discurso antes de deixar mandato

Após ser derrotado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) se pronunciou poucas vezes. Em um dos discursos que fez para os seus apoiadores, ele insinuou que tentou interferir no resultado das eleições 2022 que terminou com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O posicionamento de Bolsonaro ganhou um novo significado depois que a  Polícia Federal apreendeu na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres uma minuta de decreto presidencial. O documento buscava viabilizar uma intervenção no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), podendo mudar o resultado das urnas.

No começo de dezembro, Bolsonaro falou com apoiadores em frente ao Palácio do Planalto. Ele foi superficial e pediu aos seus eleitores que se mantivessem esperançosos, relatando que mudaria o futuro do país e que estava buscando “alternativas”.

“Nós temos como mudar o futuro da nossa nação. Com o mesmo ingrediente ninguém pode fazer um bolo diferente. Desse ingrediente que temos agora pela frente nós já sabemos lá atrás o que aconteceu. Vocês também estão aqui, não é por mim. É pelo país de vocês”, discursou. “O que eu digo a vocês, vamos acreditar, vamos nos unir, criticar só quando tiver certeza, buscar alternativas”.

Durante o bate-papo, ele declarou que tudo se resolveria “no momento oportuno”. “Vamos vencer, se manifestando de acordo com as nossas leis, vocês são cidadãos de verdade. Está na hora de parar de ser tratado como outra coisa aqui no Brasil. Acredito em vocês, vamos acreditar em nosso país. Se Deus quiser tudo dará certo no momento oportuno”, pontuou.

Bolsonaro e as “quatro linhas”

No dia 30 de dezembro, Bolsonaro fez uma live nas redes sociais. Ele se defendeu das críticas que recebeu e chorou. Também comentou pela primeira vez sobre a vitória de Lula. O antigo chefe do Executivo federal confessou que buscou uma “saída” e “uma alternativa” dentro das “quatro linhas” da Constituição sobre as eleições 2022.

“Está prevista a posse agora dia 1º de janeiro. Eu busquei, dentro das quatro linhas, dentro das leis, respeito à Constituição, saída para isso daí. Se tinha uma alternativa para isso. Se a gente podia questionar uma coisa ou não questionar alguma coisa. Tudo dentro das quatro linhas”, comentou.

“Agora, muitas vezes, dentro das quatro linhas, você tem que ter apoios. Alguns acham que é “pega a (caneta) Bic, assine, faça isso, faça aquilo” e está tudo resolvido. Eu entendo que eu fiz a minha parte, estou fazendo até hoje a minha parte. Estou fazendo até hoje a minha parte. Hoje são 30 de dezembro. Até hoje eu fiz a minha parte dentro das quatro linhas. Agora, certas medidas têm que ter apoio do Parlamento, de alguns do Supremo, de outros órgãos, de outras instituições”, completou.

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