O ministro da Justiça e Segurança Pública
, Flávio Dino
(PSB-MA), relatou nesta sexta-feira (13) vai esperar até a próxima segunda (16) para que o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça, Anderson Torres
, se apresente para a Polícia Federal.
Segundo o ex-governador do Maranhão, se Torres não estiver no Brasil até o começo da próxima semana, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começará a fazer os procedimentos para solicitar a extradição do ex-ministro. O objetivo é que o ex-chefe da Justiça preste esclarecimentos sobre o ato de terrorismo que ocorreu em Brasília no último domingo (6).
"Vamos aguardar até a segunda-feira que a apresentação [de Torres à PF] ocorra. Caso a apresentação não se confirme, por intermédio dos mecanismos internacionais, vamos deflagrar na próxima semana os procedimentos voltados à extradição, uma vez que há ordem de prisão", comentou Dino.
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinou a prisão de Torres. Com a repercussão da notícia, o ex-ministro da Justiça revelou, pelas redes sociais, que vai se entregar para a Polícia Federal. Ele alegou que passa férias com a família nos Estados Unidos.
Qual o motivo do pedido de prisão de Torres?
Anderson Torres era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal quando aconteceu o ato terrorista no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal. A invasão e depredação foram feitas por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), que defendem um golpe para que Lula seja retirado do cargo.
Há grandes suspeitas que o aliado de Bolsonaro, em conjunto com grupos da Polícia Militar do DF, tenha facilitado a ação dos terroristas. O coronel Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da PM do Distrito Federal, também teve a prisão decretada por Moraes e já se apresentou para as autoridades.
Alexandre de Moraes também foi responsável por decretar o afastamento de Ibaneis Rocha do cargo de governador do Distrito Federal.
Todas as decisões feitas pelo ministro foram colocadas em plenário para votação dos magistrados do Supremo. A Corte determinou a manutenção das decisões de Moraes.
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