A Promotoria de Justiça Militar do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios ( MPDF ) pediu, nesta terça-feira (13), esclarecimentos ao Comando-Geral da Polícia Militar do DF (PMDF) sobre a atuação no combate aos atos de violência e vandalismo que ocorreram na última segunda-feira (12).
O ofício da promotoria deu o prazo de cinco dias para os militares detalharem os atendimentos nos locais em que ocorreram os atos, assim como dados da operação, relatório de ocorrências e outras informações.
Foi também solicitado informações sobre as ações no entorno do hotel em que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está hospedado e dados sobre tempo de contenção dos protestos.
O documento foi assinado pelo promotor de Justiça Flávio Augusto Milhomem.
O ato
Na noite da última segunda-feira (12), vândalos que apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL) queimaram ônibus e carros e tentaram invadir o prédio da Polícia Federal em Brasília . Esse movimento estava programado desde o dia 7 de dezembro, quando bolsonaristas avisaram que iriam agir no dia da diplomação do presidente eleito Lula da Silva. O caso repercutiu em todo o país e revoltou boa parte da classe política.
Os atos de vandalismo tiveram início na frente da Polícia Federal, por volta das 19h30. A alegação dos criminosos é que eles não aceitariam a prisão temporária contra o indígena José Acácio Tserere Xavante , apoiador de Bolsonaro.
A ordem de prisão foi dada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). A argumentação do magistrado, que atendeu um pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) é que Cacique Serere estava liderando um movimento antidemocrático em Brasília para contestar a vitória de Lula.
Após a ordem do Supremo, o grupo de bolsonaristas tentou invadir um prédio da Polícia Federal. Policiais militares foram acionados e usaram bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar os vândalos.
A confusão se estendeu por outros pontos da capital federal. De acordo com o Corpo de Bombeiros, pelo menos cinco ônibus e três carros foram incendiados durante o tumulto. Vidros da 5ª Delegacia de Polícia, na Asa Norte, também foram depredados.
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