Na noite da última segunda-feira (12), vândalos que apoiam o presidente Jair Bolsonaro
(PL) queimaram ônibus e carros e tentaram invadir o prédio da Polícia Federal em Brasília
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Esse movimento estava programado desde o dia 7 de dezembro, quando bolsonaristas avisaram que iriam agir no dia da diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula
da Silva (PT). O caso repercutiu em todo o país e revoltou boa parte da classe política.
Os atos de vandalismo tiveram início na frente da Polícia Federal, por volta das 19h30. A alegação dos criminosos é que eles não aceitariam a prisão temporária contra o indígena José Acácio Tserere Xavante, apoiador de Bolsonaro.
A ordem de prisão foi dada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). A argumentação do magistrado, que atendeu um pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) é que Cacique Serere estava liderando um movimento antidemocrático em Brasília para contestar a vitória de Lula.
Revoltados Moraes, o grupo de bolsonaristas tentou invadir um prédio da Polícia Federal. Policiais militares foram acionados e usaram bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar os vândalos.
A confusão se estendeu por outros pontos da capital federal. De acordo com o Corpo de Bombeiros, pelo menos cinco ônibus e três carros foram incendiados durante o tumulto. Vidros da 5ª Delegacia de Polícia, na Asa Norte, também foram depredados.
Autoridades
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, se manifestou e disse que a ordem dada por ele era de prender quem estivesse causando tumulto. Porém, na manhã de hoje, relatou que ninguém tinha sido preso.
Na noite de ontem, Anderson Torres, ministro da Justiça do governo Bolsonaro, explicou que “manteve estreito contato” com a Secretaria de Segurança do DF e com o governo do DF. O objetivo era “conter a violência e restabelecer a ordem”. Mesmo com vídeos de vandalismo, o ministro falou que “a situação está se normalizando”.
Ordem
O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Júlio Danilo, se posicionou na manhã de hoje. Ele explicou que a ordem foi restabelecida e a situação estava controlada. O policiamento seguirá reforçado pelos próximos dias.
O trânsito de veículos na Esplanada dos Ministérios, na Praça dos Três Poderes e em outras vias foi restrito. O hotel em que Lula está hospedado foi reforçado para evitar qualquer confusão.
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