Flávio Dino, futuro ministro da Justiça do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) , afirmou, nesta terça-feira (13), que o Brasil "nunca mais vai viver" algo parecido com o que foi estabelecido com a promulgação do AI-5.
A declaração foi dada durante a cerimônia de encerramento dos trabslhos dos grupos técnicos de transição para o novo governo do país.
"Este 13 de dezembro de 2022 é a prova de que o Brasil nunca mais vai viver aquele 13 de dezembro do AI-5. A democracia venceu e vai continuar vencendo", enfatizou o ex-governador do Maranhão no início do seu discurso.
O AI-5 (Ato Institucional Número Cinco), foi o quinto dos dezessete decretos emitidos pela Ditadura Militar brasileira. Ele foi promulgado pelo presidente Costa e Silva e deu poder para que os governantes pudessem punir arbitrariamente os "inimigos" do regime.
Dino também falou sobre os atos de vandalismo realizados por bolsonaristas em Brasília na noite da última segunda-feira (12) , quando manifestantes queimaram veíuclos e tentaram invadir a sede da Polícia Federal após a prisão de um indígena apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Do ponto de vista histórico, é claro que nos causa mais do que indignação, nos causa repulsa que a estas alturas ainda haja este tipo de atitude antidemocrática, impatriótica, violenta contra o voto popular", pontuou.
"Mas nós, ao mesmo tempo, temos que relativizar e modular corretamente, porque estes grupos extremistas não tiveram, não têm e não terão força para vencer o povo brasileiro", completou.
Ele também afirmou que, durante os distúrbios causados na noite do dia 12 de dezembro, a integridade física de Lula não esteve em perigo em nenhum momento. Ele destacou também que a Polícia Federal vai agir de maneira conjunta com a polícia do Distrito Federal para garantir a ordem no dia da posse do petista.
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