Pedro Castillo , presidente deposto do Peru , relatou ter sido convidado para vir ao Brasil na posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) , no dia 1º de janeiro de 2023. O peruano também já esteve com o atual presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL) , em fevereiro deste ano.
No dia 4 de fevereiro, Bolsonaro recebeu Castillo em Rondônia, estado que faz fronteira com o Peru. Esta foi a primeira vez que o peruano veio ao Brasil.
"Nós queremos uma América do Sul livre [...] Nós podemos até ter uma boa relação se a democracia impera de fato no seu país", disse Bolsonaro após primeiro encontro entre os dois. Na cerimônia de posse de Castillo, em julho do ano passado, em Lima, o presidente do Brasil não compareceu.
Posse de Lula
O peruano disse no mês passado, através das redes sociais, ter sido convidado diretamente por Lula para a posse do presidente eleito, que ocorrerá em Brasília.
Castillo parabenizou Lula após a vitória do petista no segundo turno, no dia 30 de outubro. Dias depois, no dia 8 de novembro, o presidente eleito conversou com alguns líderes mundiais sobre mudanças climáticas e um deles era Castillo, que agradeceu a conversa e o convite feito por Lula.
"Como parte desta conversa, agradeço seu convite pessoal para participar de sua cerimônia de posse", escreveu Pedro Castillo no Twitter.
A futura primeira-dama do presidente eleito Lula, Janja da Silva, informou nesta quarta-feira (7) que doze chefes de Estado confirmaram presença na posse . O nome do líder do Peru não está na lista. Veja quem são:
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Alemanha, Frank-Walter Steinmeier;
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Angola, João Lourenço;
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Argentina, Alberto Fernández;
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Bolívia, Luis Arce;
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Cabo Verde, José Maria Neves;
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Chile, Gabriel Boric;
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Colômbia, Gustavo Petro;
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Costa Rica, Rodrigo Chaves;
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Guiné Bissau, Umaro Sissoco Embaló;
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Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa;
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Timor Leste, José Ramos-Horta;
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Espanha, Felipe VI.
Presidente deposto
Nesta quarta-feira (7), Castillo anunciou que o Congresso do país foi dissolvido e declarou 'Estado de Emergência' em todo território peruano.
Em pronunciamento na televisão, o político disse que sua decisão foi tomada com objetivo de “restabelecer o estado democrático de direito", além de afirmar aos peruanos que seu governo irá convocar novas eleições.
Pouco depois da decisão do mandatário, o Congresso do Peru aprovou o impeachment do presidente Pedro Castillo por "incapacidade moral". A decisão de destituir Castillo se deu após 101 votos favoráveis, 6 contra e 10 abstenções.
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