O atual presidente do Peru, Pedro Castillo, anunciou nesta quarta-feira (7) que o Congresso do país foi dissolvido e declarou 'Estado de Emergência' em todo território peruano.
Em pronunciamento na televisão, o político disse que sua decisão foi tomada com objetivo de “restabelecer o estado democrático de direito", além de afirmar aos peruanos que seu governo irá convocar novas eleições.
Castillo enfrentva uma 'terceira tentativa' de impeachment desde que iniciou seu mandato de cinco anos em julho do ano passado, há 16 meses.
No discurso televisionado, Pedro Castillo disse que irá dissolver "temporariamente" o Congresso, instaurar governo de emergência excepcional, convocar eleições para um novo Congresso, elaborar uma nova Constituição em até nove meses, estabelecer governo temporário de exceção, impor toque de recolher entre 22h e 04h, no horário local, exigir devolução ao Estado de armas ilegais, sob pena de prisão. Além disso, Castillo afirma que via "reorganizar" o sistema de judicial, como Poder Judicial, o Ministério Público, a Junta Nacional de Justiça e o Tribunal Constitucional.
A oposição não conseguiu o número necessário de votos para aprovar sua destituição em março deste ano . Ainda em dezembro de 2021, o Congresso havia também rejeitado outro pedido impeachment antes mesmo dos debates acontecerem.
Parlamento no Peru é 'controlado' pela direita e debatia novamente uma forma para provocar o impeachment contra Castillo com alegação de 'incapacidade moral'.
A Constituição do país determina que para remover um presidente são necessários 87 votos. No total de 130 deputados do Congresso, a direita de oposição conta com 80 cadeiras. A bancada governista agrega um pouco menos, com cerca de 50 representantes.
Castilho anunciou também que deve convocar novas eleições para o Congresso Nacional do Peru. Os ministros da Economia e das Relações Exteriores renunciaram após o pronunciamento de Castillo e alegaram que a medida violava a Constituição do Peru.
O Congresso começou teria agora começado a investigar uma denúncia com suposto caso de corrupção que corre no Ministério Público contra Castillo. O MP do Peru pediu que Catillho seja afastado do cargo.
Esta reportagem está em atualização*
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