Presidente nacional do MDB, Baleia Rossi
Reprodução / Instagram - 16.04.2022
Presidente nacional do MDB, Baleia Rossi

O presidente nacional do MDB , Baleia Rossi , afirmou nesta sexta-feira (4) que o partido só estará no governo Lula se houver alguns acordos feitos por ambas as partes. O deputado federal relatou que o novo governo terá que autorizar a participação da sigla em algumas negociações, como da reforma tributária.

"Não há alinhamento automático. Há uma disposição de colaboração, mas dentro de uma agenda para o Brasil. Por exemplo, a reforma tributária. Outros projetos relevantes. Não queremos relação fisiológica", explicou Baleia Rossi em entrevista dada para o Portal G1.

O presidente eleito Lula afirmou inúmeras vezes durante a campanha eleitoral que faria uma "reforma tributária solidária, justa e sustentável, que simplifique tributos e em que os pobres paguem menos e os ricos paguem mais". O objetivo era atingir a classe média e também os mais pobres.

Lula tentou levar o MDB para sua base aliada no primeiro turno, mas o partido lançou Simone Tebet na corrida presidencial. Ela teve 4,9 milhões de votos (4,16%), ficando em terceiro lugar. No segundo turno, a sigla ficou neutra e a senadora resolveu embarcar na campanha petista.

O presidente eleito já sinalizou que quer o MDB na sua base aliada. Nesta semana, o PT cedeu uma vaga ao partido na equipe de transição. O desejo dos petistas é que Tebet esteja na transição por conta do trabalho que ela realizou durante a campanha de Lula no segundo turno.

Baleia Rossi contou que estará com Gleisi Hoffmann, presidente do PT, na próxima semana. Ele escutará as propostas da sigla e depois fará uma reunião com os emedebistas para definir quem ficará com a vaga na equipe de transição.

PT e a transição

O Partido dos Trabalhadores indicou Geraldo Alckmin (PSB) para chefiar a equipe de transição. O ex-governador de São Paulo se reuniu com integrantes do governo Bolsonaro. Inclusive, na quinta (3), ele se encontrou com o chefe do executivo federal por alguns minutos.

A equipe de transição contará com 50 integrantes. Serão 12 nomes políticos e 38 técnicos. Além do PT e PSB, PV, Solidariedade, Agir, PDT e Pros já indicaram seus representantes.

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