A ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina
(PP) afirmou nesta sexta-feira (4), em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, que os bloqueios em estradas a favor do presidente Jair Bolsonaro
(PL) foram espontâneos. A senadora eleita negou que os atos, chamados de antidemocráticos, tenham sido organizados por instituições associadas ao agronegócio
.
“O agro é um setor que apostou no presidente Bolsonaro desde o início. É natural que haja uma frustração enorme no setor. Ele é um grande líder de direita, estão todos muito tristes, o agro está triste, mas é hora de seguir adiante”, declarou a aliada do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ela relatou que o agronegócio ficou muito “frustrado” com os resultados das urnas eletrônicas. Porém, garantiu que o setor não deixará de dialogar com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“É um setor moderno, sustentável. Seja o governo que for, tem de entender a importância disso. Evoluímos muito no agro durante o governo Bolsonaro, temos hoje uma posição de destaque interna e externamente”, relatou.
A ex-ministra destacou que Bolsonaro deverá ser responsável por liderar a oposição no Brasil. Segundo ela, o presidente da República perdeu as eleições, mas conquistou 58 milhões de votos, ou seja, tem enorme “capital político” para enfrentar o governo petista.
Nesta sexta, o Portal iG informou que o Partido Liberal fará oposição a gestão Lula a partir do ano que vem. Além disso, Valdemar Costa Neto pretende transformar Bolsonaro em um dos protagonistas do partido para defender uma agenda com pautas de direita.
A decisão ocorreu após muita pressão nos bastidores. Um grupo de lulistas do PL queria que Valdemar fizesse parte da base governista do PT. Porém, a ala bolsonarista reclamou e recebeu a informação que o presidente do Partido Liberal não deixará Bolsonaro de lado.
Tereza Cristina no Senado
Surgiram também informações que o PP lançará um nome para concorrer ao cargo de presidente do Senado. Tereza Cristina passou a ser cogitada para disputar à Presidência contra Rodrigo Pacheco.
Porém, o PL também trabalha nos bastidores para ter um nome na disputa. Por conta disso, a senadora relatou que sua indicação dependerá das “negociações que ainda vão ocorrer”.
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