Lula durante coletiva de imprensa em São Paulo
Reprodução: redes sociais - 24/10/2022
Lula durante coletiva de imprensa em São Paulo

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva ( PT ) trabalha intensamente com seu grupo para formar maioria na Câmara . O petista conversou por telefone com as principais lideranças da sua campanha para saber como estão as negociações com os presidentes dos partidos. O principal objetivo é ter no grupo o MDB , União Brasil e PSD .

Na conta feita pela direção do Partido dos Trabalhadores, já fazem parte da base governista o PT, PCdoB, PV, PDT, PSB, Psol, Rede, Solidariedade, PROS e Avante. Todos esses partidos somados contam com 139 deputados, o que é um número muito pequeno para aprovar pautas na Câmara.

Por conta disso, ter o MDB, União Brasil e PSD é visto como fundamental para o novo governo ser forte. A expectativa é que 45 dos 59 parlamentares da sigla liderada por Luciano Bivar estejam no grupo de Lula. Já dos 42 eleitos pelo MDB, 35 sinalizaram que participarão da gestão petista, enquanto os outros pretendem pensar. O PSD segue no mesmo caminho que do Movimento Democrático Brasileiro. Ao todo, o futuro presidente conseguiria ter uma bancada de, no mínimo, 254 parlamentares.

A aposta é que Lula ainda consiga cinco deputados da federação PSDB/Cidadania. Muitos parlamentares do PL e PP também sinalizam interesse de estarem na base governista, mesmo as duas legendas terem apoiado o presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições 2022.

Numa conta pessimista, o PT acredita que terá 257 deputados já no primeiro semestre do ano que vem. De maneira otimista, acreditam ser capaz de ter mais de 300 parlamentares defendendo as pautas do governo federal.

Lula quer sugestões para os ministérios

Lula quer que as negociações sejam feitas rapidamente para definir as nomeações nos ministérios. O objetivo é que todos os partidos da base aliada indiquem profissionais para ocupar as pastas a partir de primeiro de janeiro de 2023.

Uma das poucas pastas que podem ser reveladas antes da consolidação do grupo de apoio é da Economia. O ex-presidente e seus principais aliados tendem a colocar uma pessoa técnica com habilidade política, mas sem qualquer ligação com partidos.  Henrique Meirelles é o favorito, apesar de não ter recebido um convite formal.

Outro que ganhou força nas últimas horas foi Pérsio Arida. O economista é o nome predileto de Geraldo Alckmin (PSB). O vice de Lula terá papel fundamental no governo.

A pressa para revelar o nome do novo ministro é por causa das negociações da PEC da Transição. O objetivo é passar credibilidade ao mercado e também ao Congresso Nacional.

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