Ex-presidente Lula (PT) durante o primeiro debate do segundo turno, organizado pela Band, TV Cultura, Folha e UOL
Ricardo Stuckert - 16.10.2022
Ex-presidente Lula (PT) durante o primeiro debate do segundo turno, organizado pela Band, TV Cultura, Folha e UOL

Nesta quinta-feira (27), o  ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que a ação do atual mandatário e candidato à reeleição pelo PL, Jair Bolsonaro , que  contesta as inserções de campanha nas rádios do Nordeste é "choro de quem sabe que vai perder as eleições ".

"Nós ainda temos que disputar (o voto de) algumas pessoas que estão indecisas e pessoas que votaram nulo e branco no primeiro turno, mas é o direito que ele tem de chorar, espernear, de quem sabe que vai perder as eleições. O Bolsonaro está ciente que vai perder as eleições. Ele estuda pesquisa, encomenda pesquisa e ele sabe que vai perder", disse  Lula em sabatina ao Correio Braziliense , à Clube FM e à TV Brasília .

Na ocasião, o petista criticou a política externa do atual mandatário e afirmou que Bolsonaro é o "único contencioso" do Brasil. Lula disse que, caso seja eleito no próximo domingo (30), vai procurar grandes parceiros comerciais "imediatamente" para conversar e "reestabelecer" relações diplomáticas. 

"Eu vou imediatamente fazer reunião com a União Europeia, com os Estados Unidos, com a China, com os países da América do Sul. Porque não é possível a gente viver num país em que o presidente não conversa com ninguém. Nem ninguém convida ele para viajar, nem ninguém quer vir aqui para o Brasil. O Brasil está isolado. Um país que não tem contencioso internacional com ninguém. O único contencioso é o Bolsonaro falando bobagem com outros países vizinhos, coisa que não é papel do presidente", afirmou em entrevista.

Ao ser questionado sobre o perfil de seu ministro da Economia , caso vença as eleições , Lula não citou nomes e disse que o cargo será ocupado com alguém com responsabilidade fiscal com as contas públicas, mas que tenha, acima de tudo, compromisso social.

Sobre o teto de gastos, o ex-presidente afirmou que toda vez que pensar em "segurar o dinheiro" é preciso lembrar que "tem gente passando fome". De acordo com ele, é necessário fazer uma "política quase que de guerra" para reconstruir o país.

"É preciso que haja uma política quase que de guerra, uma política que envolva toda a sociedade para a gente poder recuperar esse país e fazer as pessoas voltarem a acreditar", acrescentou.

Inserções em rádios

Nessa quarta (26), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, negou o pedido da campanha de Bolsonaro para investigar suposto favorecimento de Lula na veiculação de inserções eleitorais em emissoras de rádio . Segundo Moraes, o pedido não apresenta provas concretas de irregularidade.

Na segunda-feira (24), Bolsonaro e sua equipe entraram com um processo afirmando que rádios deixaram de veicular inserções do PL após o primeiro turno . Nessa quarta, após a demissão de um servidor do TSE , as emissoras informaram não terem recebido as propagandas da campanha .

Primeiro turno

De acordo com a Justiça Eleitoral, Lula terminou o primeiro turno com 48,43% dos votos (57.259.504), enquanto Bolsonaro marcou 43,20% (51.072.345) . O vencedor do segundo turno das eleições 2022 , marcado para o próximo dia 30 de outubro, irá comandar o país por ao menos quatro anos, até o fim de 2026, assumindo o governo em janeiro de 2023.

No segundo turno , além de a população brasileira votar pelo candidato que vai assumir a presidência, 12 unidades da federação também deverão escolher os governadores que assumirão o comando dos estados a partir do ano que vem. São elas:

  • Alagoas: Paulo Dantas (MDB) X Rodrigo Cunha (União Brasil)
  • Amazonas: Wilson Lima (União Brasil) X Eduardo Braga (MDB)
  • Bahia: Jerônimo Rodrigues (PT) X ACM Neto (União Brasil)
  • Espírito Santo: Renato Casagrande (PSB) X Carlos Manato (PL)
  • Mato Grosso do Sul: Renan Contar (PRTB) X Eduardo Riedel (PSDB)
  • Paraíba: João Azevedo (PSB) X Pedro Lima (PSDB)
  • Pernambuco: Marília Arraes (Solidariedade) X Raquel Lyra (PSDB)
  • Rio Grande do Sul: Onyx Lorenzoni (PL) X Eduardo Leite (PSDB)
  • Rondônia: Marcos Rocha (União Brasil) X Marcos Rogério (PL)
  • Santa Catarina: Jorginho Mello (PL) X Décio Lima (PT)
  • São Paulo: Tarcísio de Freitas (Republicanos) X Fernando Haddad (PT)
  • Sergipe: Rogério Carvalho (PT) X Fábio Mitidieri (PSD)

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