Jair Bolsonaro durante coletiva de imprensa ao lado de Datena
Reprodução: redes sociais - 07/10/2022
Jair Bolsonaro durante coletiva de imprensa ao lado de Datena

O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou a decisão do ministro Alexandre de Moraes , do Supremo Tribunal Federal (STF) , sobre não veicular a propaganda de  vacinação contra a poliomelite  com a participação do ministro da Saúde. A declaração do mandatário foi dada nesta sexta-feira (7) durante coletiva de imprensa.

Aos gritos, o presidente disse: "O Alexandre [de Moraes], pela segunda vez, proíbe o Ministério da Saúde de realizar uma campanha de vacinação contra a pólio. Vai ter criança, certamente, que vai ser infectada e vai ter problemas para o resto da vida por uma questão pessoal do Alexandre de Moraes". 

A primeira e a segunda decisão de Moraes veta apenas a participação do ministro da Saúde , Marcelo Queiroga , na campanha de vacinação contra a poliomelite em razão do período eleitoral.

Segundo o Código Eleitoral, é proibido, nos três meses que antecedem a eleição, a publicidade institucional de atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos federais, estaduais ou municipais, com exceção de casos graves e urgentes com necessidade pública reconhecida pela Justiça Eleitoral.

O primeiro pedido de pronunciamento de Queiroga à nação ocorreu em agosto, e o segundo foi feito ontem (6) pelo secretário especial de Comunicação Social do Ministério das Comunicações, André de Sousa Costa. Ele pede autorização, durante a campanha das Eleições Gerais de 2022, para a veiculação, no dia 7 de outubro, de um pronunciamento do ministro da Saúde sobre a importância da vacinação contra a poliomielite. 

Assim como da primeira vez, TSE autorizou a veiculação da campanha, mas sem a participação de Queiroga.

O presidente ainda atacou Moraes, dizendo que o ministro está "o tempo todo usando a caneta pra fazer maldade, pra tentar me tirar de combate, pra me desgastar".

Jair Bolsonaro também defendeu, durante coletiva de imprensa, a liberdade dos cidadãos poderem escolher ser vacinados ou não, mencionando a varíola dos macacos.

“Se chegar uma vacina da varíola dos macacos, você vai querer se vacinar na marra? Se inventarem outras mais e o que aparecer, você vai querer ser vacinado de modo experimental também, de novo? Liberdade, meu Deus do céu, não tem preço”, disse o presidente, nervoso, ao lado de Datena.

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