Ex-presidente Lula e presidente Jair Bolsonaro votando no primeiro turno, no último dia 2 de outubro
Montagem iG / Imagens: Rovena Rosa e Tomaz Silva - Agência Brasil
Ex-presidente Lula e presidente Jair Bolsonaro votando no primeiro turno, no último dia 2 de outubro

Os candidatos à Presidência da República Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já traçaram com as suas equipes quais estratégias vão usar nos debates do segundo turno das eleições 2022 . Ambas as campanhas entendem que os embates não devem se transformar em “guerras santas”.

O grupo do atual presidente aponta que as discussões religiosas precisam ficar nas redes sociais e, quem sabe, nas propagandas de televisão. O entendimento é que Lula é um excelente orador, tem alianças com padres e freis da Igreja Católica e possui bons argumentos para se posicionar como um cristão.

Além disso, há enorme preocupação que Bolsonaro pareça uma figura “cristã fervorosa” e espante quem é mais moderado. O pedido é que o  chefe do executivo federal defenda seus projetos e foque na área econômica para conquistar o eleitor mais pobre.

No entanto, a equipe definiu que a estratégia vai girar no primeiro debate. Como Lula sinalizou que deve ir apenas aos eventos da Band e da Globo, o último encontro, que ocorrerá no dia 28 de outubro,  a campanha bolsonarista pode fazer ajustes, caso apareça atrás nas pesquisas de intenções de voto.

“Não há necessidade apostar em pautas de costumes no começo da campanha. Se lá na frente for necessário, aí tudo bem. Mas neste começo vamos focar na economia do governo”, diz um dos coordenadores do presidente.

Lula e a sua estratégia nos debates

Por estar em primeiro nas pesquisas, além de ter liderado no primeiro turno, Lula não irá para o ataque. A equipe pediu ao ex-presidente para fazer uma discussão sobre o legado, comparando as ações feitas nos governos petistas com as gestões do presidente Bolsonaro.

A única recomendação é que o petista fale sobre pautas religiosas se for provocado pelo adversário. O pedido é que Lula sua ligação com a Igreja Católica e o seu respeito com os evangélicos.

“O governo Lula promoveu muitos avanços que beneficiaram a igreja evangélica. Mas nós não queremos transformar o debate em discussões religiosas. O Brasil é enorme e tem muitas pautas para serem debatidas”, explica um dos aliados do ex-presidente.

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