Eduardo Leite (PSDB)
Reprodução - 28.03.2022
Eduardo Leite (PSDB)

O candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escalou integrantes da sua campanha para negociar uma aliança com Eduardo Leite (PSDB). Porém, as conversas não avançaram e a cúpula do PT avalia que dificilmente o ex-governador do Rio Grande do Sul apoiará o petista no segundo turno das eleições 2022 .

Com a derrota de Edegar Pretto (PT) por 2,5 mil votos,  o PT gaúcho ganhou enorme importância para ajudar a campanha presidencial. Entre segunda (3) e terça (4), o diretório petista no estado conversou com integrantes da equipe de Leite e apresentou três propostas para que fossem incluídas no programa de governo do tucano.

Porém, o PSDB desaprovou os pedidos e as conversas acabaram travando. Além disso, aliados do ex-governador o aconselharam a ficar neutro na disputa presidencial por dois motivos: visando a vitória no segundo turno contra Onyx Lorenzoni (PL) e tentando ocupar o espaço de opositor de um eventual governo Lula.

Sua equipe avalia que eleitores de Edegar automaticamente migrarão para Eduardo para que um candidato bolsonarista não seja eleito governador. Por isso não enxergam como necessário Leite ter no seu palanque Lula, até porque há muitos eleitores do tucano que são de centro-direita e antipetistas e poderiam rejeitá-lo ao fazer uma aliança com o PT.

Outro ponto é que a campanha do ex-governador identificou que o PSDB está enfraquecido e Leite pode se tornar a principal liderança da sigla, tornando-se um presidenciável em 2026. Apoiar Lula poderia prejudicar sua imagem antipetista.

PT lamenta dificuldade com Eduardo Leite

A direção do PT do Rio Grande do Sul sabe de todas essas informações e relatou para a cúpula nacional que dificilmente conseguirá convencer Leite a aderir à campanha de Lula. Porém, o candidato à Presidência pediu que o diretório gaúcho siga insistindo com as negociações.

Lula trata como fundamental ter o ex-governador em seu palanque.  Será uma sinalização que ele segue ampliando sua rede de apoio e seu objetivo de governar mais para o centro.

A expectativa é que Leite se posicione oficialmente sobre o assunto até o fim da semana.

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