A campanha de Jair Bolsonaro
(PL) se preparava para fazer ataques contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) nas redes sociais. Porém, entre segunda (3) e terça (4), a equipe do mandatário foi surpreendida com uma onda de compartilhamentos do vídeo do presidente em uma reunião da maçonaria
.
A repercussão começou durante a madrugada e se estendeu pela manhã de ontem, mas o QG bolsonarista tinha certeza que o tema ficaria restrito apenas no Twitter e em algumas páginas de fofocas do Instagram. Porém, a notícia se espalhou no Telegram, Facebook e WhatsApp, atingindo o eleitor evangélico.
A informação viralizou tanto que diversos sites chamados pela campanha de “grande mídia” passaram a fazer reportagens para tratar do tema. O QG se assustou e precisou fazer uma reunião de emergência virtualmente com os filhos do chefe do executivo federal e lideranças do Centrão para solucionar o problema.
Flávio Bolsonaro (PL) mandou a equipe acionar pastores para defender Bolsonaro. Silas Malafaia foi quem se colocou à frente da confusão e tentou emplacar o discurso que Lula tem relações “satânicas”. Só que a narrativa não repercutiu e o governante continua no olho do furacão.
Agora a ordem é conter danos e evitar que evangélicos passem a questionar a fé do presidente da República. O mandatário exigiu que o QG solucione a questão, porque quer dedicar todos os seus esforços na ampliação de alianças e na organização de comícios.
Bolsonaro e as redes sociais
A insatisfação com o tema não é a chance de perder eleitor. Na avaliação da campanha, dificilmente o presidente perderá votos de evangélicos por conta do vídeo, já que os pastores se comprometeram conversar com os fiéis para resolver o assunto.
Só que a preocupação é que os bolsonaristas não esperavam que o PT estava preparado para fazer uma guerra santa nas redes sociais. O ataque petista acuou a equipe de Bolsonaro e obrigou o QG a encontrar saídas para se defender das críticas. Em 2018, a situação era inversa.
O medo é que o Partido dos Trabalhadores paute o segundo turno. “Parece que eles prepararam uma máquina de moer o presidente. Serão semanas duras nas redes sociais. Eles querem pautar a eleição e a gente precisa achar uma estratégia para não permitir”, opinou um aliado de Bolsonaro.
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