Antonio Denarium (PP) foi reeleito governador do estado de Roraima, neste domingo (2), com 56,47% dos votos válidos, cenário que já vinha sendo desenhado pelas pesquisas de intenção de votos. O atual mandário venceu o pleito em primeiro turno a frente da candidata Teresa Surita, do MDB, que conquistou 41,14% dos eleitores.
Durante a campanha, Denarium recebeu apoio do atual presidente da República, Jair Bolsonaro, que não se reelegeu ao cargo. Os outros três candidatos à cadeira Fábio Almeida (PSOL), Juraci Escurinho (PDT) e Rudson Leite (PV) ficaram com 1,33%, 0,65% e 0,41%, respectivamente.
O governador tem 58 anos, nasceu em Anápolis, interior de Goiás, é casado com Simone e pai de três filhos, Carolina, Gabriel e João Antônio. Na primeira eleição, em 2018, quando ainda era do Partido Social Liberal (PSL), foi eleito com 136.612 votos (53,3%) no segundo turno.
Em 2010, quando se candidatou pela primeira vez e perdeu, Denarium havia declarado ao Tribunal Superior Eleitoral que possuía R$ 2,4 milhões em bens. Oito anos mais tarde, quando foi eleito governador, ele afirmou ao mesmo tribunal ter um patrimônio de R$ 15 milhões. Este ano, o político disse que tem exatos R$ 21,5 milhões, um crescimento de quase 70% de quatro anos para cá.
O atual vice-governador do estado, Frutuoso Lins (SD), rompeu politicamente com Denarium em agosto de 2019, após acusá-lo de não ter realizado as promessas de campanha e falou que sua posição no governo é decorativa. Apesar do conflito, o vice não renunciou ao cargo.
Em quatro anos de governo, o governador e Frutuoso foram alvos de diversas denúncias de compra de votos, abuso de poder econômico, fraude e corrupção, sendo aberto um processo no TRE (Tribunal Regional Eleitoral). Em julho de 2020, por 4 votoas a 3, a instituição considerou as acusações improcedentes por falta de provas e embasamento nas denúncias.
Além desses crimes, Denarium também já foi acusado de nepotismo e superfaturamento na Saúde durante a pandemia da Covid-19. O senador Telmário Mota (Pros) entrou com um pedido de impeachment contra o governador alegando crime de responsabilidade quando ele tratara de acordos políticos com o grupo guerrilheiro paramilitar Tupamaros.
Senado
O candidato Dr. Hiran (Progressistas) superou a concorrência de Romero Jucá (MDB) e foi eleito com 43,43% dos votos apurados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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