Durante o debate presidencial nesta quinta-feira (29), o candidato Jair Bolsonaro (PL) acusou o adversário Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de ter relação com o assassinato do ex-prefeito de Santo André , Celso Daniel , em 20 de janeiro de 2002.
A questão de Bolsonaro, no entanto, foi dirigida a senadora Simone Tebet (MDB), que afirmou lamentou a situação. "Lamento essa questão ser dirigida a mim. Eu acho que falta ao senhor coragem de perguntar isso ao candidato Lula, que está aqui. Vamos tratar dos problemas do país", disse a candidata.
Mas afinal, quem foi Celso Daniel?
Celso Daniel foi um político filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT). Ele foi prefeito de Santo André pela primeira vez em 1982. No ano de 1993 foi eleito a deputado federal por São Paulo e em 1997 renunciou para assumir a prefeitura de Santo André pela segunda vez, cargo que ele ocupava quando foi morto.
O petista foi assassinado em 18 de janeiro de 2002. Ele foi sequestrado no dia 16, quando voltava de um jantar com o empresário Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, então assessor do prefeito que não sofreu nada.
Celso foi encontrado morto em Juquitiba, na Região Metropolitana de São Paulo, atingido por oito tiros. Ele tinha 50 anos na época do crime.
Uma primeira investigação feita pela Polícia Civil apontou que o ex-prefeito tinha sido vítima de um crime comum. No entanto, tempos depois o Ministério Público reabriu o caso e chegou a um esquema de corrupção que teria o assessor com Sombra como mandante do assassinato.
Segundo o Ministério, Celso Daniel virou alvo tentar impedir um esquema de propinas dentro do PT. Na época, o político era coordenador do programa de governo de Lula, que foi eleito presidente no final do ano de 2002.
O inquérito concluiu que o ex-deputado federal foi vítima de um crime comum. Seis homens foram presos e condenados em júri popular.
O caso voltou à tona após uma entrevista da candidata a vice na chapa de Tebet (MDB), Mara Gabrilli (PSDB), à TV Jovem Pan, em que ela afirma que o ex-presidente Lula (PT) pagou R$ 12 milhões para não ser envolvido na morte de Celso Daniel (PT), em 2002.
Nesta quinta-feira (29), a ministra Maria Claudia Bucchianeri, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mandou remover publicações na internet que associam a morte de Celso Daniel ao ex-presidente.
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