O presidente Jair Bolsonaro
(PL) tentará se manter equilibrado no debate
da Globo
, que ocorrerá na noite desta quinta-feira (29). O chefe do executivo federal, que não realiza treinamento para participar deste tipo de confronto, se reuniu com alguns auxiliares para definir as estratégias que adotará durante o embate. Seu principal foco é o ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) e, ao mesmo tempo, buscará conquistar os eleitores indecisos.
Aliados disseram que o governante precisa demonstrar um tom mais equilibrado, ou seja, evitar ser agressivo, principalmente com as candidatas mulheres – Simone Tebet (MDB) e Soraya (União Brasil) – e com William Bonner, responsável por mediar o encontro entre os presidenciáveis.
O maior exemplo dado para ele foi o debate do SBT. Na avaliação da campanha, o presidente soube apresentar dados do seu governo, rebateu as críticas promovidas pelos seus adversários e não se alterou em nenhum momento. Um dos poucos pontos negativos apontado foi não ter emplacado o discurso de corrupção do PT.
Agora o foco é que o tom equilibrado se mantenha e, com a presença de Lula, Bolsonaro consiga fazer ataques contra o petista em relação aos escândalos do Petrolão e Mensalão.
A campanha bolsonarista enxerga como fundamental o debate da Globo para que as eleições 2022 não terminem no dia 2 de outubro. A estratégia do mandatário é fazer com que Lula não convença os eleitores de Ciro e Tebet a praticarem o voto útil, além de crescer nas pesquisas de intenções de votos para chegar ao segundo turno competitivo.
Bolsonaro também usará Padre Kelmon (PTB) para fazer uma “dobradinha”. Quando algum outro candidato perguntar a Lula, ele buscará o aliado de Roberto Jefferson (PTB) para realizar questionamentos e bater no petista.
Também não será nenhuma surpresa se o governante relembrar o assassinato do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel (PT). Apesar da sugestão, o presidente não definiu ainda se utilizará esse tema, porque teme que Lula rebata, tentando associá-lo a morte de Marielle Franco (PSOL).
Bolsonaro e seu governo
O chefe do executivo federal ainda tentará dialogar com os grupos de baixa renda. Ele destacará o Auxílio Brasil de R$ 600 e a diminuição dos preços dos combustíveis. Bolsonaro defenderá a tese que a inflação do Brasil é uma das mais baixas do mundo e que as dificuldades de algumas famílias é culpa da pandemia.
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