Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) suspendeu sua agenda na quarta (28) e quinta (29)
para se preparar para o debate
da Globo
. A campanha do ex-presidente trata como fundamental o encontro entre os presidenciáveis para a definição das eleições 2022
no próximo 2 de outubro. A expectativa é que o petista tenha um bom desempenho e consiga vencer no primeiro turno. Para isso, seu maior foco é ser duro nas respostas dadas contra o presidente Jair Bolsonaro
(PL).
A equipe de Lula tem convicção que o debate terá enorme audiência e será responsável por decidir os votos dos indecisos e daqueles que apoiam as candidaturas de Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT). Só que o entendimento é que ele não tenha o mesmo desempenho que apresentou no evento promovido pela Band.
No primeiro debate, que ocorreu em agosto, a cúpula do PT considerou o ex-presidente apático e se enrolou ao rebater as acusações feitas por Bolsonaro quando o assunto foi corrupção. À época, a estratégia era se mostrar um candidato “paz e amor” e pronto para dialogar.
Só que agora a estratégia é outra. A direção petista quer Lula firme contra o presidente da República e rebata a “altura” quando for atacado. Nos últimos dois dias, esse foi o tema mais discutido entre a equipe do ex-presidente. “Bolsonaro vai bater de um lado e vai apanhar do outro”, explica um dos coordenadores da campanha.
Mas o ex-chefe do executivo federal também terá a missão de falar do voto útil, explicando a importância de dar um ponto final na eleição já no primeiro turno para evitar um segundo turno tumultuado. “O atual presidente vai bagunçar a campanha. Temos que dar um fim agora no domingo”, diz um interlocutor de Lula.
Além disso, o ex-presidente tentará emplacar discursos econômicos para defender o seu legado.
Lula contra os outros candidatos
O ex-presidente será “doce” com Simone Tebet, Soraya (União Brasil) e Felipe D’Ávila (Novo). O objetivo é se mostrar um homem capaz de entender as diferenças e divergir de maneira democrática, mas sem praticar ataques. Sua intenção é conquistar os eleitores dos três candidatos, o chamado voto útil.
Já contra Ciro Gomes, Lula seguirá com a mesma linha “paz e amor”, mas será duro quando for acusado de corrupção. Em relação ao padre Kelmon, o petista vai enfrentá-lo, no entanto, citando ações do seu governo.
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