Lula durante evento em São Paulo nesta terça-feira (27)
REPRODUÇÃO: Redes sociais - 27/09/2022
Lula durante evento em São Paulo nesta terça-feira (27)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) , afirmou, nesta terça-feira (27) que já andou com uma "garruchinha 22", uma arma de cano curto, em São Paulo.

"Eu, quando namorava, muito tempo atrás, eu tinha uma garruchinha 22. Eu namorava até às 23h30 e tinha que sair a pé. Era longe pacas e não tinha ônibus. Eu tinha uma garruchinha, colocava ela aqui dentro, tirava as balas com medo que elas estourassem alguma coisa aqui dentro e colocava as balas no bolso. Se um cara viesse para cima de mim eu falava 'oi, pera aí, deixar eu colocar as balas aqui'. Mas não tem necessidade para quem não sabe usar arma", disse Lula.

O ex-presidente relatou sua experiência ao criticar a política armamentista que o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) defende. "Não distribui um livro didático para o ensino médio, mas está liberando a venda de armas", disse Lula.

Segundo o candidato do PT, a venda de armas ajuda o narcotráfico e o crime organizado.

"O crime organizado, há tempos atrás, quando queria arma, roubava um arsenal do exército do Rio de Janeiro, assaltava um arsenal da polícia pública aqui em São Paulo. Agora, ele compra. Ele pode comprar 12 mil balas, 4 ou 5 fuzis, metralhadora, pistola. Qual é o cidadão de bem que quer tantas armas?", disse Lula no evento.

Durante o discurso, o ex-mandatário disse que governo de Jair Bolsonaro aumentou a violência em áreas como o esporte e a política.

"Hoje, as pessoas têm medo de colocar a camisa do seu time, dependendo do bairro em que ele está e isso motivado pelo ódio, pelo fascismo. Hoje, uma mulher grávida, que estava fazendo campanha política para o PT, um bolsonarista atacou essa mulher de porrada. Já mataram três ou quatro", declarou o candidato do PT.

Durante live no dia 30 de junho deste ano, o atual presidente comemorou o aumento de porte de armas e registros de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC) e voltou a incentivar o armamento .

Bolsonaro declarou que os registros de arma chegarão a um milhão no Brasil, caso ele seja reeleito. Para o chefe do Executivo, o armamento tem protegido mais a população, porque antes de invadir (residências) o criminoso "fica preocupado".

Segundo o plano de governo do atual presidente , "o acesso às
armas de fogo se mostra também um importante elemento que contribui para a política de segurança pública e para a própria pacificação social e preservação da vida". 

Ele também alega, nas propostas de governo, que o armamento é benéfico à população por ser uma "prática desportiva e cultural".

"O acesso às armas de fogo também é importante instrumento de
prática desportiva e cultural", diz trecho do plano de Bolsonaro.

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