Ex-presidente e candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva em entrevista ao Programa do Ratinho, no SBT
Ricardo Stuckert - 23.09.2022
Ex-presidente e candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva em entrevista ao Programa do Ratinho, no SBT

Em entrevista ao Programa do Ratinho , no SBT , transmitida nesta quinta-feira (21) , o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) rotulou o atual presidente do Brasil , Jair Bolsonaro, como "ignorante" e "chucro" criticando a postura do chefe do Executivo, além de condenar a maneira em que o governo Bolsonaro  conduziu a pandemia .

"O Bolsonaro, você sabe que é meio ‘ignorantão’, meio chucro, fala palavrão. […] Tem gente que acha que é bonito ser ignorante, mas não é. O bonito é ser educado, um cara refinado como eu", afirmou.

De acordo com o petista , ele disse nunca ter responsabilizado Bolsonaro pela pandemia que, segundo Lula, foi um "fenômeno da natureza" , no entanto, reiterou que o presidente errou ao não ter montado um comitê de crise efetivo ou um conselho com os principais secretários de saúde do país, além de ter demorado comprar as vacinas contra Covid-19 .

"Ele não comprou porque ele não acreditava na vacina no começo, Ratinho. Ele zombava da pandemia, brincava. É uma estupidez de quem é um pouco ignorante e é o que ele é mesmo. Aquele jeitão bruto dele, de capiau do interior de São Paulo", disse.

O ex-presidente afirmou que era  possível ter evitado aproximadamente 400 mil mortes se o governo Federal tivesse se empenhado mais no combate à doença no país.

Segundo Lula, o c omparecimento de Bolsonaro ao velório da rainha Elizabeth II , em Londres, na Inglaterra, foi algo louvável, mas afirmou que o mandatário poderia ter visitado também a família de uma criança que morreu de covid.

"Poderia ter derramado uma 'lagriminha' no canto dos olhos por quase 700 mil pessoas que morreram. Foi bruto, ignorante, que é a palavra correta. É chucrão", disse.

O apresentador indagou o ex-presidente sobre outros países na América Latina governados por políticos de esquerda e que, atualmente, enfrentam problemas econômicos, como a Argentina.

Em resposta, o petista disse se considerar um cidadão de esquerda e um "socialista refinado" . "Eu defendo a propriedade privada, a liberdade de organização e o direito de greve", disse.

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