Urna eletrônica
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O estudo "Violência e Democracia: Panorama Brasileiro Pré-Eleições de 2022", divulgado hoje, revelou que sete em cada dez pessoas dizem temer agressões fisicas por conta de suas escolhas políticas. A pesquisa foi feita pelo Datafolha a pedido do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e da Raps (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade).

O instituto ouviu 2.100 pessoas, com 16 anos ou mais, em cerca de 130 municípios brasileiros de pequeno, médio e grande porte, entre 3 e 13 de agosto. A margem de erro é de dois pontos percentuais. 

O resultado reflete a crescente onda de violência por conflitos relacionados a política. A pesquisa indica que 67,5% das pessoas ouvidas disseram temer agressões e que 3,2% dos entrevistados afirmaram ter sofrido ameaças por motivos políticos nos últimos 30 dias.

O levantamento demonstra que 66,4% dos entrevistados não acreditam que armar a população aumentará a segurança. O posicionamento de defesa da democracia também é aderido pela maioria das pessoas ouvidas: 88,1% rejeitam ideias golpistas e afirmam que quem for vencedor nos votos e reconhecido pela Justiça Eleitoral deve ser empossado em 1º de janeiro de 2023.


O estudo mostra que 62,8% acreditam que "é importante para a democracia que os tribunais sejam capazes de impedir o governo de agir além de sua autoridade".

Casos de violência política no Brasil neste ano

Entre os crimes mais emblemáticos está o assassinato de Marcelo Arruda , que comemorava seu aniversário de 50 anos na madrugada de 10 de julho, pelo policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho.

Outro caso recente foi o assassinato de Benedito Cardoso dos Santos , de 44 anos, durante uma discussão por divergência política no Mato Grosso. A vítima defendia o candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quando discutiu com o autor do crime, Rafael Silva de Oliveira, de 22 anos, que apoia o atual presidente e candidato à reeleição, Jair Messias Bolsonaro (PL).

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