Nesta quarta-feira (14), o candidato à Presidência da República Ciro Gomes
(PDT) afirmou que não irá mais concorrer a nenhum cargo público, caso não seja eleito nas eleições 2022
. Em evento na cidade de Salvador, o pedetista contou que está há muito tempo na vida pública e não pretende insistir para ocupar o cargo de presidente.
“Se eu não for eleito, chega para mim. Estou inteirando 65 anos. Devotei minha vida inteira a este país. Não tenho fortuna; não tenho empresas; abri mão de três aposentadorias; nunca fui processado e, às vezes, me pergunto, vale a pena? [Ver] a população brasileira votando em corruptos porque o sistema está produzindo isso na cabeça do nosso povo. Vale a pena?”, indagou.
Ciro está em terceiro lugar, segundo a última pesquisa Ipec divulgada na segunda-feira (12), com 7%. Jair Bolsonaro (PL) apareceu em segundo, tendo 31%, enquanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva anotou 46%.
Mesmo distante de alcançar o segundo turno, o ex-governador do Ceará disse que uma eventual vitória seria uma “revolução”, porque iria na contramão dos interesses das elites econômicas. “Quero ganhar, estou lutando para ganhar e só me darei por vencido às 17h30 do dia 2 de outubro”, completou.
Ciro Gomes critica autonomia do Banco Central
O ex-governador do Ceará também criticou a autonomia do Banco Central. Ele já prometeu que irá rever essa questão, caso se torne presidente. “Neste modelo, foi dada autonomia ao Banco Central. Ou seja, você pode eleger o presidente do Brasil, mas ele não manda mais nas autoridades [presidente e diretores da autarquia] que dizem [qual será a] a taxa de juros [do país]”, disse em entrevista para a rádio Metrópole.
“Quando aumenta a taxa Selic, a cada 1%, [de acréscimo, a União passa a ter que tirar] R$ 40 bilhões [dos cofres públicos] por ano para entregar aos bancos, na forma de pagamento de juros”, completou. “No Brasil, a luta por emancipar o povo morreu. O negócio agora é anestesiar o sofrimento do povo com política social compensatória”.
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