Bolsonaro discursa em ato do 7 de Setembro em Copacabana (RJ)
Reprodução/SBT News - 07.09.22
Bolsonaro discursa em ato do 7 de Setembro em Copacabana (RJ)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) viajará ao Reino Unido para participar do funeral da rainha Elizabeth II . Porém, a decisão de ir até o país europeu não tem a aprovação dos aliados do Centrão . Na avaliação do grupo, o chefe do executivo federal corre o risco de ficar isolado. Além disso, longe do Brasil, a mobilização em torno da campanha presidencial pode perder o ímpeto na reta final das eleições 2022 .

Os aliados mais moderados não foram consultados sobre a partida do governante para Londres. A informação sobre a ida foi dada depois da definição feita pelo mandatário e seu grupo ideológico. O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro é quem mais incentivou a viagem do pai e da madrasta Michelle Bolsonaro.

Um dos problemas do governo, na visão da campanha, é o desprestígio internacional. O discurso na abertura da Assembleia da ONU e a participação no funeral da rainha Elizabeth II são os dois episódios que a ala ideológica bolsonarista acredita que podem mudar essa realidade.

Bolsonaro concordou com os argumentos, mas se preocupou em deixar o Brasil no meio da campanha. No entanto, Carlos e outros aliados defenderam a ideia do presidente até o Reino Unido, o que acabou sendo atendido pelo candidato à Presidência.

Só que o grupo político moderado do chefe do executivo federal ficou insatisfeito com a decisão tomada sem escutá-lo. “Esse tipo de coisa precisa ser conversado com todo mundo. A ideia da ala ideológica é até louvável, mas o presidente pode ficar isolado e passar outra imagem”, explica um membro do Centrão.

“Sem contar que o presidente longe da campanha de rua é ruim. Ele arrasta multidões. Ninguém vai para a rua por causa do Flávio ou do Braga Netto. Os militantes saem às ruas por causa do Bolsonaro. Podemos perder fôlego na reta final por causa disso”, acrescenta.

Apoiadores se incomodam com Bolsonaro

A ida de Bolsonaro para o Reino Unido também pegou mal entre potenciais doadores. O candidato à reeleição não se reuniu com muitos apoiadores com a alegação que estava preocupado com a campanha de rua.

No entanto, ao confirmar a ida para o funeral da rainha Elizabeth II, muitos bolsonaristas entendem que o chefe do executivo federal apenas não quer encontrá-los. Flávio Bolsonaro entrou em ação para tentar evitar maiores problemas.

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