Candidato à Presidência, Ciro Gomes, do PDT
José Cruz/Agência Brasil - 14.08.2018
Candidato à Presidência, Ciro Gomes, do PDT

O Ministério Público Militar em São Paulo atendeu um pedido do governo Jair Bolsonaro e resolveu abrir uma investigação contra o candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT). O ex-governador do Ceará é acusado pela atual gestão de cometer crime militar por supostamente difamar as Forças Armadas.

Em entrevista para a rádio CBN, em junho, o pedetista declarou que as FA aceitam os crimes cometidos na região da Amazônia. Ele também responsabilizou Bolsonaro por enfraquecer a fiscalização de órgãos como Funai (Fundação Nacional do Índio) e Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

Na ocasião, o Ministério da Defesa criticou Ciro, dizendo que ele estava tendo posicionamentos infundados. O ex-governador rebateu e comentou que a fala da pasta era uma ação política com o apoio do atual presidente da República.

O PDT reagiu e enviou à PGR (Procuradoria-Geral da República) uma ação contra Paulo Sérgio Nogueira, responsável pelo Ministério da Defesa. O partido acusou o governo de tentar prejudicar a candidatura do pedetista, interferindo na liberdade de expressão.

O caso foi visto pela Procuradoria da República no Distrito Federal, que mandou o episódio para o Ministério Público Militar, que resolveu abrir uma investigação.

O MP Militar mandou os autos para um promotor de Justiça no começo desta semana, mas que não ocorreu nenhuma movimentação processual.

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