Sem nenhuma aliança eleitoral na corrida presidencial, o candidato do PDT, Ciro Gomes, afirmou que firmará um acordo com prefeitos e governadores para conseguir, caso seja eleito, apoio no Congresso. Em sabatina do jornal GLOBO junto com o Valor Econômico e rádio CBN, o pedetista foi questionado como governaria sem o apoio do Parlamento. O candidato disse ainda que pretende acabar com o mecanismo de orçamento secreto.
Ciro afirma que, para manter a governabilidade sem as emendas de relator, ele contaria com o apoio governadores e prefeitos, que usariam sua influência para garantir a sustentação no Congresso. Esse acordo seria feito, segundo o presidenciável, com a revisão da dívida dos estados e municípios.
"Eles mobilizam se, e somente se, eu acabar com a emenda do relator. Como acaba no primeiro dia".
Ciro quer reestruturar as dívidas dos estados e municípios com a União, cujo valor gira em torno de R$ 600 bilhões. A ideia do pedetista é que parte desse montante não precise mais ser pago e seja utilizado para política públicas.
"Eu estou propondo que 12 a 15% da receita corrente líquida que os estados estão mandando hoje para Brasília fiquem na mão dos governadores e prefeitos em troca, e somente poderei fazer isso se me derem a reforma", disse.
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