Mesmo inelegível após sofrer um processo de impeachment em 2019, o ex-governador e pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PMB) lançou a mulher e a sogra na política. Também investigada na Operação Placebo, que chegou a prender o ex-governador, a ex-primeira-dama Helena Witzel é candidata a deputada federal. Já a mãe dela, que adotou o sobrenome do genro, Arlete Witzel, tenta concorrer uma vaga na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). As duas são apostas do Partido da Mulher Brasileira (PMB), mesma sigla em que Witzel recebeu abrigo.
Nas contas prestadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Helena declarou R$ 5 mil em bens por uma sala. Já a mãe dela não declarou patrimônio algum. Wilson Witzel registrou sua candidatura nesta segunda-feira. Ao TSE informou ter uma casa de R$ 650 mil. Em 2018, quando foi eleito, também comunicou um imóvel à Justiça Eleitoral, na época, no valor de R$ 400 mil.
Divulgada nesta segunda-feira, a pesquisa Ipec (ex-Ibope) mostra que o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), está à frente na disputa pelo governo fluminense. Castro tem 21% das intenções de voto e aparece seguido de perto por Marcelo Freixo (PSB), que tem 17%. Os dois estão tecnicamente empatados. Apesar de inelegível, Witzel aparece com 4% das intenções de voto, tecnicamente empatado com Rodrigo Neves (PDT), que obteve 5.
O caso Witzel
Em 2021, o então governador Wilson Witzel sofreu um processo de impeachment, no qual perdeu os direitos políticos por cinco anos, ou seja, até 2027. Witzel foi acusado de fraudes na contratação de duas organizações sociais durante o combate da Covid-19 no estado.
À época, havia a suspeita de que o escritório de advocacia da primeira-dama, Helena, tinha sido usado para receber dinheiro indevido, pago por fornecedores com interesse em fraudar contratos firmados com o estado.
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