Deputada petista relatou ter recebido ameaça por email institucional de vereador do PP
Reprodução/ Instagram - 12.08.22
Deputada petista relatou ter recebido ameaça por email institucional de vereador do PP

A deputada estadual de Minas Gerais Beatriz Cerqueira (PT) relatou ter sido alvo de uma nova ameaça vinda do gabinete do vereador Reinaldo Magalhães (PP), do município de Mário Campos, na região metropolitana de Belo Horizonte. A ameaça foi enviada por um e-mail institucional do vereador.

A mensagem, endereçada à deputada estadual Andreia de Jesus (PT) e à vereadora de Belo Horizonte Duda Salabert (PDT), foi enviada às 20h34 desta quinta-feira.

"Na minha cidade Mário Campos não tem para comunistas, aqui o povo é totalmente ligado a direita (...) Não venham para a cidade de Mário Campos que serão muito mal recebidas. E não vai ser na bala não, não preciso de arma, vou botar vocês pra correr daqui no tapa (...)", diz o e-mail enviado ao gabinete de Beatriz Cerqueira.

Segundo a assessoria da Câmara Municipal de Mário Campos, o vereador nega ter sido o responsável por enviar a agressão. Ele acredita ter sido alvo de um ataque hacker e diz se colocar à disposição das autoridades para as investigações sobre o caso.

No início desta semana, a deputada, que tinha um evento de lançamento de sua campanha à reeleição programado para terça-feira em Mário Campos, foi alvo de ataques nas redes sociais do assessor do vereador, Lucas Ribeiro. Após a repercussão do caso, ele foi exonerado do cargo a pedido de Reinaldo Magalhães, que afirmou repudiar o episódio.

No e-mail, o vereador teria relatado que a repercussão do caso envolvendo as ameaças feitas por um assessor estaria prejudicando sua carreira política. No texto, ofensas de cunho transfóbico são feitas à vereadora Duda Salabert (PDT).

O e-mail faz referência ainda a uma das frases usadas nas ameaças anteriores feitas por Lucas Ribeiro: “Mulher não precisa de Lei Maria da Penha, mulher precisa é de um 38 carregado e muito tapa na cara pra aprender a ter vergonha".

Por meio de nota, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais repudiou os ataques. Segundo o presidente da casa, o deputado Agostinho Patrus, ele já está em contato com "as forças de segurança do Estado para que sejam realizadas rápida investigação, punição exemplar dos culpados e também de proteção das ameaçadas".

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