Damares Alves, Michelle e Jair Bolsonaro durante cerimônia no Planalto
Pablo Jacob/Agência O Globo
Damares Alves, Michelle e Jair Bolsonaro durante cerimônia no Planalto

A ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos Damares Alves (Republicanos) anunciou nesta sexta-feira que vai se candidatar ao Senado pelo Distrito Federal.

Há duas semanas, Damares havia retirado a sua candidatura em favor da ex-ministra da Secretaria de Governo Flávia Arruda (PL-DF), que pleiteia o mesmo cargo, após um pedido do presidente Jair Bolsonaro. O anúncio ocorreu em evento na sede nacional do Republicanos, em Brasília.

"Brasília quer o novo. Com certeza somos a melhor proposta ao Senado. Não foi um processo fácil, mas o Bolsonaro terá um palanque legítimo", declarou Damares, fazendo uma menção indireta à ex-colega de governo e agora adversária na disputa ao Senado.

"Vou enfrentar a Flávia com muito respeito. Mas eu entendo que a população do Distrito Federal precisa ter outra opção. (...) E vai ganhar quem tiver mais voto. E quem vai ganhar sou eu", concluiu.

Enquanto Arruda contava com a preferência de Bolsonaro, Damares tem o apoio da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que deve comparecer na convenção do Republicanos que será realizada hoje.

"Ela (Michelle) com certeza vem, vem para me apoiar, vem para estar comigo, vem para pedir voto", disse a ex-ministra.

Interlocutores do Republicanos dizem que Michelle atuou ativamente para convencer o presidente a aceitar ter duas candidatas aliadas concorrendo a uma única vaga no DF.

Numa iniciativa para unificar o campo da direita no DF, Bolsonaro havia negociado a retirada da candidatura do ex-governador José Roberto Arruda (PL), marido de Flávia, em prol da campanha à reeleição do governador Ibaneis Rocha (MDB). Nessa costura, Damares acabou sendo preterida e Flávia Arruda (PL) foi lançada candidata ao Senado na chapa de Ibaneis.

Ao GLOBO, Damares afirmou ontem que havia desistido de concorrer à Casa Legislativa, pensando em unificar o campo da direita na capital federal. Mas mudou de ideia ao perceber, segundo ela, alguns "movimentos estranhos" da parte da família Arruda.

"Começou a ter ruídos. O [José Roberto] Arruda falando que não vai pedir voto para presidente. Esses movimentos estranhos me deram mais uma oportunidade de tentar de novo", explicou ela.

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