Candidatode à presidência, Ciro Gomes (PDT)
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Candidatode à presidência, Ciro Gomes (PDT)

O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes , criticou nesta quinta-feira a quebra da aliança histórica entre seu partido e o PT para as eleições ao governo do Ceará. Ele atribuiu o rompimento a uma “sabotagem” do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) .

"No Ceará, temos muita coesão política que está se dissolvendo pela sabotagem do Lula. Não tem escrúpulo. Pela primeira vez em 20 anos, há uma confusão no Ceará. Isso me magoa. São coisas gravíssimas que estão em risco por causa dessa irresponsabilidade e dessa demagogia", disse Ciro durante um evento com empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

O PT cogita lançar uma candidatura própria ao governo do Estado depois do PDT não ter apoiado a reeleição da atual governadora, Izolda Cela (PDT). O partido de Ciro Gomes escolheu o ex-prefeito de Fortaleza Roberto Claudio (PDT) para a disputa majoritária.

Ciro foi governador do Ceará de 1991 a 1994. Grande parte da sua base eleitoral é do Estado. Ele é crítico de Lula, de quem foi ministro no primeiro governo petista, e tem reclamado das tentativas do petista de conseguir palanques do PDT para a disputa presidencial deste ano.

O pedetista disse que a população cearense irá “resolver o problema” ente o PDT e o PT no Estado.

Ciro participou de sabatina com empresários na sede da Fiesp na capital paulista, nesta quinta-feira. Estava acompanhado do presidente do diretório paulista do PDT, Antonio Neto, e Nelson Marconi, nome da economia na campanha de Ciro. O evento foi realizado no Salão Nobre da federação, que estava lotado. A sabatina durou cerca de 2h30. Começou lotada, mas nas últimas perguntas tinha menos de metade das cadeiras ocupadas.

Ciro Gomes foi o primeiro a participar das sabatinas da Fiesp com presidenciáveis. A senadora Simone Tebet (MDB) será a próxima, em 1º de agosto, às 14h30. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será ouvido em 9 de agosto, às 10h. O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal André Janones (Avante) ainda não confirmaram presença.

O pedetista defendeu suas principais propostas econômicas no evento: o refinanciamento das dívidas das famílias e das empresas; juros baixos; tributação de grandes fortunas e cortar 20% das renúncias fiscais.

Ele também criticou o ministro da Economia, Paulo Guedes, por querer usar reservas cambiais para pagar dívidas nacionais:

"Paulo Guedes fez a maior pedalada fiscal do planeta Terra".

Propostas da Fiesp

A Fiesp divulgou nesta quinta as propostas que apresentará para todos os candidatos à Presidência.

Nas recomendações, eles defendem reformas administrativa e tributária. As sugestões para o próximo governo (2023-2026) incluem:

  • Instituir nacionalmente o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) com um mecanismo de recuperação de créditos

  • Rever a incidência dos encargos previdenciários na folha de salários

  • Ajustar a taxação sobre a distribuição de dividendos dos lucros futuros, proporcionalmente à carga que incide sobre as empresas

  • Taxas de juros competitivas internacionalmente e menos voláteis

  • Permitir a livre contratação de energia por todos os consumidores e desonerar as políticas públicas das tarifas

  • "[São] diretrizes que buscam recuperar o crescimento econômico sustentado e encaminhar soluções estruturais para a economia brasileira", afirma a Fiesp, no documento em que divulgou as propostas.

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