O PSDB usou o Twitter para rebater a afirmação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sobre o partido. "O PSDB acabou", disse o candidato às eleições deste ano durante evento em São Paulo, realizado para o lançamento de um livro de cartas enviadas a ele no período em que esteve preso, em 2018.
No Twitter, o PSDB afirmou que Lula deveria "estar mais preocupado em responder porque [sic] a gestão do PT quase acabou com o Brasil" e ainda ressaltou que o petista "segue na hipocrisia procurando líderes tucanos", fazendo menção à aliança com o ex-tucano Geraldo Alckmin e a busca de apoio de outros políticos do partido, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o ex-ministro Aloysio Nunes, que já declarou voto no petista no primeiro turno.
Ex-adversário de Lula, Geraldo Alckmin deixou o PSDB após 33 anos e virou pré-candidato a vice ao lado do petista. Em 2018, Alckmin chegou a dizer que não existiria a "menor chance de aliança com o PT", o grande partido rival na época.
Aécio Neves, que é deputado federal pelo PSDB, também se manifestou contra a fala do petista.
"Arrogante e desrespeitosa a afirmação do ex-presidente Lula de que o PSDB acabou"
, disse o deputado. "Por maiores que tenham sido os equívocos dos nossos atuais dirigentes ao priorizar, até aqui, um projeto regional em detrimento da nossa responsabilidade maior de lançar uma candidatura presidencial competitiva para se contrapor aos dois extremos, o PSDB continua e continuará a ser essencial ao Brasil. E o tempo mostrará isso."
A fala polêmica sobre o PSDB aconteceu enquanto Lula falava do Partido dos Trabalhadores. "Vocês estão lembrados que uma vez um senador do PFL, o Jorge Bornhausen, que disse que era preciso acabar com 'essa desgraça do PT'. O PFL acabou. Agora quem acabou foi o PSDB, e o PT continua forte", disse o ex-presidente.
Lula não tem poupado esforços para garantir o apoio de diversos partidos na disputa eleitoral. Em entrevista a Rádio Band de Porto Alegre, o ex-presidente disse que "não faz política parado no tempo e espaço" após ser questionado sobre a busca da aliança com partidos que apoiaram o impeachment de Dilma Rousseff (PT) em 2016.
"Eu faço política vivendo o momento que estou vivendo" , completou o petista.
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