O presidente Jair Bolsonaro afirmou, após parar na Praça dos Três Poderes e ser recebido por apoiadores no início da tarde deste domingo (15), que a margem de lucro da Petrobras é um "estupro".
"Por favor, Petrobras não quebre o Brasil. A margem de lucro deles, eu falei, é um estupro", disse Bolsonaro.
O chefe do Estado afirmou ainda que a política de preços da Petrobras pode ser mudada, se o conselho da empresa assim decidir.
A política de preços dos combustíveis da Pretrobras foi implementada na gestão de Pedro Parente, durante o governo Michel Temer, e leva em conta a variação do dólar e do preço do barril do petróleo no mercado internacional.
"A PPI [política de paridade de preços] não é uma lei, é uma resolução do conselho. Se o conselho achar que deve mudar, muda. Mas não pode a população como um todo sofrer essa barbaridade, porque atrelada ao preço dos combustíveis está a inflação", disse Bolsonaro.
O pré-candidato à reeleição, vem se queixando da Petrobras em razão dos sucessivos aumentos de preço dos combustíveis.
Ele cobrou publicamente o ministro e o próprio José Mauro Coelho exigindo a redução de preço dos combustíveis. O presidente já demitiu dois presidentes da empresa (Roberto Castello Branco e Joaquim Silva e Luna) em razão de reajustes — motivados pela alta dos preços internacionais do petróleo e do dólar.
O presidente também foi questionado (duas vezes) durante entrevista se trocará o presidente da estatal, Bolsonaro respondeu: "Pergunta para o Adolfo Sachsida". De acordo com ele, o ministro tem "carta branca".
"Pergunta para o Adolfo Sachsida. Ele é o ministro das Minas e Energia e trata disso. E deixo bem claro: todos os meus ministros, todos, sem exceção, eu dou carta branca para fazer valer aquilo que ele achar melhor para o seu ministério para atender à população", afirmou o chefe de Estado.
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