O presidente Jair Bolsonaro pregou, durante discurso em formatura de oficiais da Polícia Militar de São Paulo nesta sexta-feira, que militares e policiais se unam contra o que chamou de "marginais em gabinetes com ar condicionado que visam a roubar a nossa liberdade".
Sem especificar a quem se referia, ele afirmou que "burocratas" querem "roubar a nossa liberdade de expressão", e que tanto as Forças Armadas quanto as forças auxiliares devem evitar que isso aconteça.
"Muitas vezes o nosso inimigo não está nas vielas, no topo de um morro, ou nas ruas perdido por aí armado. Muitas vezes o nosso inimigo está dentro de um gabinete, com ar condicionado, e ali, um burocrata que inferniza a vida de vocês após o cumprimento de uma missão", disse ele.
A declaração foi feita após ele defender a alteração do excludente de ilicitude, instrumento já existente no Código Penal, a fim de abrandar punições contra excessos de profissionais de segurança pública. Ele afirmou que policiais não deveriam esperar a visita de um oficial de Justiça em suas casas após o "cumprimento de sua missão".
"Os marginais do passado hoje usam de outras armas, também em gabinetes com ar condicionado, visando roubar a nossa liberdade. E começam roubando a nossa liberdade de expressão, fustigando as pessoas de bem, fazendo com que elas desistam do seu propósito. Nós, Forças Armadas, nós, forças auxiliares, não deixaremos que isso aconteça. Nós defendemos a nossa Constituição, a nossa democracia e a nossa liberdade. Esse exército de pessoas de bem, civis e militares, deve se unir para evitar que roubem a nossa liberdade", declarou Bolsonaro.
Após participar da formatura na Academia do Barro Branco, na capital paulista, Bolsonaro vai a Campos do Jordão (SP), onde discursará na 56ª Convenção Nacional do Comércio Lojista, no início da noite.
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