Deputado Josimar Maranhãozinho (PL-MA)
Agência O Globo
Deputado Josimar Maranhãozinho (PL-MA)


Acossado por diversas investigações da Polícia Federal, o  deputado federal Josimar Maranhãozinho (PL-MA) pediu licença do exercício do cargo com o objetivo de sair dos holofotes e 'submergir', de acordo com aliados.

Desde que foi alvo de mais uma operação da PF, no mês passado, Maranhãozinho vinha sendo aconselhado por aliados a adotar uma postura mais discreta na sua atividade política e nas redes sociais. Uma das recomendações dadas ao parlamentar era que desistisse da pré-candidatura ao governo do Maranhão, que tentava costurar nos bastidores. No momento, a tendência é que o parlamentar não concorra mais ao governo.

Isso porque, na avaliação dos aliados, disputar o governo estadual poderia gerar uma maior pressão das investigações contra o parlamentar, que alvo de pelo menos três inquéritos da PF. Em um deles, Maranhãozinho foi filmado em uma ação controlada manuseando caixas de dinheiro e entregando o material a aliados, conforme vídeos divulgados pelo GLOBO.

Diante desse cenário, o deputado pediu licença no último dia 17 de abril do exercício do cargo de deputado federal, sob a justificativa de "tratar de assunto particular", conforme os registros da Câmara. O sistema registra que essa licença tem período de 120 dias, mas pode ser interrompida ou prorrogada a pedido do parlamentar.


O deputado preside o PL no Maranhão e é aliado do presidente Jair Bolsonaro. Ele chegou a participar, em Brasília, da cerimônia que marcou a filiação do presidente à legenda.

Nesta semana, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidiu destravar os pedidos de quebra de decoro contra deputados, ação que também atinge Maranhãozinho. Lira liberou um total de 22 representações ao Conselho de Ética da Câmara para que sejam instaurados os processos contra os parlamentares. O Conselho retomou as atividades esta semana.

A representação contra o deputado ainda aguarda designação de relator para ter prosseguimento. O documento foi apresentado no final do ano passado ao colegiado pelo partido Rede Sustentabilidade, baseando-se nas apurações da Polícia Federal. De acordo com a legenda, o deputado "parece ter cometido crime de corrupção, apropriando-se de escassos recursos públicos".

O parlamentar tem negado o cometimento de irregularidades. Sobre o vídeo com caixa de dinheiro, ele disse na ocasião que a imagem retratava a sua atividade empresarial na pecuária “com compra e venda de gado e equipamentos com órgãos privado”.

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