Na noite desta terça-feira (5), o deputado licenciado Rodrigo Maia (PSDB) anunciou que não vai se candidatar ao seu 7º mandato na Câmara. Ele chegou a renunciar ao cargo de secretário de Projetos e Ações Estratégicas no governo de São Paulo na última semana para poder concorrer, mas desistiu e reassumiu o posto na segunda-feira (4).
Depois de ser presidente da Câmara dos Deputados duas vezes, Maia afirma que “já ocupou quase todas as posições na Casa” e não tem pretensão de se acomodar no papel de congressista.
“ Quero cumprir um ciclo no Executivo e me reciclar. Quero aprender mais sobre gestão e orçamento público para que no futuro eu possa ter outros desafios na política ou até no setor privado”, escreveu em post no Instagram. “Minha decisão de assumir a presidência da federação do PSDB e Cidadania no Rio é um alinhamento com o prefeito do Rio, Eduardo Paes [PSD] . Estaremos juntos com a candidatura que ele apoiar”, explicou.
Maia citou os nomes do ex-presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) Felipe Santa Cruz, do ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves (PDT) e do seu pai, Cesar Maia, ex-prefeito e atual vereador do Rio de Janeiro.
Hoje, o político também atua como coordenador do plano de governo do ex-governador de São Paulo e atual candidato à presidência da República João Doria (PSDB). Em entrevista ao Estadão, Maia disse que vai continuar no cargo e voltar sua atenção à política fluminense nos finais de semana.
Sobre as eleições, Maia nega fazer parte da 3ª via e disse que o seu partido assume a posição de centro-direita. “O eleitor de centro pode decidir a eleição, mas não é majoritário. O PSDB é o principal partido de contraponto ao PT”, avaliou.
Ele disse não ter a intenção de se envolver nos conflitos internos do PSDB, mesmo sendo um dos pilares para a campanha de Doria, que causou uma crise e dividiu o partido. Sobre isso, falou que vai se “ater aos temas técnicos” da campanha.
Para o ex-presidente da Câmara, o seu partido deve se posicionar à favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para então brigar contra a “direita não democrática” do presidente Jair Bolsonaro (PL). Caso haja um 2° turno entre ambos os candidatos, Maia disse que deve votar no petista.
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