A Polícia Federal afirmou que o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos migrou para o aplicativo Telegram, após o bloqueio de seus canais em outras plataformas, com o objetivo de burlar as ordens judicias que o impediam de propagar ataques às instituições democráticas.
Esse foi um dos argumentos apresentados pela PF ao Supremo Tribunal Federal (STF) ao pedir a suspensão do funcionamento do Telegram no Brasil.
Segundo a PF, Allan dos Santos “migrou sua atuação para o Telegram, com repetição do modo de agir já descrito nos autos, inclusive buscando a obtenção de remuneração por meio de recepção de moedas digitais (bitcoin), cujas doações são solicitadas por meio de divulgação em seu perfil no Telegram”.
Com isso, ele terminou “burlando o teor das decisões judiciais anteriores, que buscavam a interrupção das condutas criminosas investigadas”, escreveu o ministro Alexandre de Moraes em sua decisão.
Diante disso, a PF enviou ofícios à plataforma solicitando o bloqueio dos canais do bolsonarista, o fornecimento de seus dados cadastrais e a suspensão da monetização de suas contas, mas não obteve resposta. Foi por isso que a PF decidiu pedir a suspensão do aplicativo, que foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes.
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