Pré-candidato à Presidência da República, o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro (Podemos) já faz promessas para o eventual mandato. No âmbito judicial, ele disse que vai suspender prerrogativas concedidas aos políticos.
"Nós vamos acabar com o foro privilegiado, que é uma fonte de blindagem com gente que fez coisa errada e vamos fazer isso, inclusive, para o presidente da República", declarou Moro em entrevista ao Expresso CNN desta quinta-feira (10).
Ainda na sua área de atuação, Moro declarou que vai instaurar um mandato fixo de quatro anos para a direção da Polícia Federal e disse que vai nomear para o Supremo Tribunal Federal (STF) juízes que tenham compromisso sério contra corrupção.
Tudo isso, no entanto, depende do desempenho eleitoral do ex-ministro que até o momento não deslanchou nas pesquisas de intenção de voto. Questionou quanto a isso, Moro minimizou o cenário.
"As pessoas estão em março achando que a eleição de outubro já está resolvida. Nada disso! A gente está tratando com muita humildade esse cenário, mas também com confiança", afirmou, lembrando que aparece em terceiro lugar nos levantamento, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL).
Assim, Moro ressaltou que a possibilidade de abrir mão de sua participação no pleito é "zero". "Não existe essa possibilidade. Desistir da minha candidatura seria desistir de mudar o Brasil, que é o meu sonho", argumentou.
Ao longo da entrevista, ele foi questionado ainda sobre sua relação com o MBL, movimento que apoia seu projeto político e tinha como um de seus principais representantes o deputado estadual Arthur do Val, também conhecido como Mamãe Falei.
Na última sexta (4), áudios sexistas do parlamentar sobre as mulheres ucranianas , cujo país está em guerra contra a Rússia, tomaram conta das redes sociais. Por consequência, ele se desfiliou do Podemos após o partido abrir um processo para sua expulsão, se desligou do MBL e pode ter o mandato cassado .
Sobre isso, Moro pontuou que manifestou seu repúdio
assim que obteve acesso às mensagens, mas ponderou que a responsabilidade sobre as declarações é apenas de Arthur do Val.
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