Ciro Gomes
Divulgação/ PDT
Ciro Gomes

Em negociação com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), o  pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) disse que o deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ) representava a “esquerda moderna”, mas, após se aproximar do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) , o parlamentar se tornou “só um cara lulista”. A declaração foi dada pelo ex-ministro em entrevista ao GLOBO.

Freixo é pré-candidato ao governo do Rio e conta com o apoio do ex-presidente petista na disputa. Porém, antes de firmar a aliança com Lula, o deputado negociava para que o PDT também estivesse em seu palanque. Hoje, o partido de Ciro também tem pré-candidato ao Palácio Guanabara, o ex-prefeito de Niterói, Rodrigo Neves.

De acordo com Ciro, Lula, seu adversário na corrida presidencial, quer ofuscar Freixo e qualquer pessoa que possa “ameaçar à hegemonia do PT”.

"O Freixo, que era o cara da esquerda moderna do Brasil, hoje virou só um cara lulista", disse Ciro, que também afirmou: "O Lula age sem nenhum tipo de escrúpulo para destruir todas as organizações que ele veja na atualidade ou no futuro como sombra ou ameaça à hegemonia do PT".

No próximo domingo, Ciro se encontrará com Eduardo Paes, onde deve selar com o prefeito um acordo para a eleição estadual fluminense, segundo informou a colunista Malu Gaspar.

Antes, na quarta-feira, o chefe do Executivo do Rio também vai se reunir com Rodrigo Neves, com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e o presidente nacional da OAB, Felipe Santa Cruz, pré-candidato ao governo do Rio pelo PSD.

Nos encontros, será discutido uma possível aliança entre Neves e Santa Cruz, para que um siga disputando o governo estadual enquanto outro tentará o Senado. Ainda não foi decidido quem ficará em qual posição.

Procurado, Freixo não quis comentar a fala de Ciro Gomes nem o encontro dele com Paes. O deputado afirmou ainda que mantém conversas com Lupi.

"Continuo conversando com o Lupi. Mas não me cabe comentar sobre os movimentos dos outros", disse Freixo, que reforçou que sua aliança com o ex-presidente petista: "Vou caminhar com Lula. O apoio dele é importante para o Rio e para o Brasil".

O apoio de Paes é considerado crucial na disputa ao Palácio Guanabara devido à influência do prefeito carioca, cuja popularidade está em alta. Freixo teve conversas para tentar o apoio do alcaide, com quem já disputou a prefeitura do Rio. As negociações, porém, não andaram. Ao GLOBO, o secretário da Fazenda da capital e braço direito de Paes, Pedro Paulo, disse ver “completa divergência”.

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