Durante evento em Itaboraí, Bolsonaro criticou o ex-presidente Lula e o PT e rebateu críticas aos gastos no cartão corporativo
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Durante evento em Itaboraí, Bolsonaro criticou o ex-presidente Lula e o PT e rebateu críticas aos gastos no cartão corporativo

O presidente Jair Bolsonaro (PL) usou os nomes do ex-ministro José Dirceu e da ex-presidente Dilma para atacar a possibilidade de Lula (PT) retornar ao poder. Em evento da Petrobras na cidade de Itaboraí, no Rio, transmitido nas redes sociais do chefe do Executivo, Bolsonaro afirmou que um terceiro mandato do petista significaria a volta de Dirceu e Dilma ao governo como ministros, e sugeriu que a ex-presidente seria titular da pasta da Defesa por ser “mandona”. A estratégia eleitoral de usar figuras do PT mais desgastadas para atacar Lula foi antecipada pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, em entrevista ao GLOBO na semana passada.

"Alguém acha que, se o cara voltar, José Dirceu não vai para a Casa Civil? Dilma para o ministério da Defesa? É Defesa, né, já que ela é mandona. E é uma arma poderosa, vamos dizer assim", disse o presidente.

Na última quinta-feira, em entrevista à rádio CBN Vale do Paraíba, Lula descartou a possibilidade de Dilmar integrar um eventual novo governo ao dizer que “tem muita gente nova no pedaço” e que a ex-presidente “não tem a paciência que a política exige que a gente tenha para conversar”.

Nesta segunda-feira, a colunista Malu Gaspar informou que, embora não integre o comando da campanha de Lula pela volta ao Planalto, Dilma avisou que não abrirá mão de defender seu governo quando for atacada na campanha eleitoral.

O presidente mencionou também as críticas recentes devido aos gastos no cartão corporativo, que chegam a quase R$ 30 milhões durante os três anos de governo. No total, o valor é 19% maior do que o registrado por Dilma e Temer, entre 2015 e 2018, na gestão anterior, como apontou reportagem do GLOBO.

"Nenhum filho meu tem cartão corporativo. Eu tenho três cartões corporativos. Dois é para viagem, abastecimento de aeronaves, comprar comida para as emas e etc. O meu cartão, que eu posso sacar até 25 mil por mês e torrar em tubaína com coca-cola, nunca tirei um centavo". 

Porém, o levantamento do GLOBO, corrigido pela inflação, envolveu as faturas de 29 cartões vinculados à Secretaria de Administração da Presidência da República, que estão sob a responsabilidade do presidente, de seus familiares e auxiliares mais próximos. Todas, no entanto, são mantidas em sigilo sob argumento de que a eventual divulgação colocaria o presidente em risco.

Apenas em 2021, as despesas chegaram a R$ 11,8 milhões, o maior valor dos últimos sete anos. Nesta segunda, o senador Fabiano Contarato (PT-ES) informou por meio das redes sociais que vai acionar o Tribunal de Contas da União (TCU) para fazer uma auditoria dos gastos com cartões corporativos da Presidência.

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