O presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou nesta terça-feira (18) que 12 ministros deverão deixar seu governo para concorrer e que já está "praticamente acertado" quem os substituirá. De acordo com o presidente, os ministros deverão deixar o cargo até o final de março.
Segundo Bolsonaro, cada ministro produziu um relatório do trabalho de cada pasta nos últimos três anos. A declaração foi dada à "Sidys TV". A desincompatibilizaçao do cargo, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, deve ocorrer seis meses antes das eleições: neste ano, até 2 de abril.
"Cada ministro já fez um relatório do que foi feito nos últimos três anos. Nós vamos continuar trabalhando sem parar. No final de março, devemos ter 12 ministros que vão concorrer a cargos eletivos pelo Brasil e já está praticamente acertado quem os substituirá. E continuarão mantendo o mesmo ritmo", disse Bolsonaro na entrevista.
O presidente admitiu ainda que alguns de seus auxiliares desejam concorrer ao mesmo cargo: o ministro das Comunicações, Fábio Faria, e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. Segundo Bolsonaro, ambos desejam se candidatar ao Senado pelo Rio Grande do Norte mas, caso isso ocorra, ficará "muito difícil".
"Os dois ministros querem o Senado, né? Vamos ver se chegam num acordo. Se os dois disputarem, fica muito difícil. São dois quadros excepcionais do Rio Grande do Norte", afirmou.
Ao comentar sobre as eleições presidenciais, Bolsonaro disse que a eleição não vai ser "difícil" para o povo brasileiro. Segundo ele, o pleito será uma comparação entre os quatro anos de seu mandato com os 14 dos governos do PT que, segundo o presidente, foram marcados por ilusões e corrupção.
"Não vai ser uma eleição difícil para o povo brasileiro. Vocês vão poder comparar praticamente quatro anos do meu governo com 14 do PT. Lá atrás, marcado por promessas, ilusões e um governo com muita corrupção e sem perspectiva de futuro. E o nosso, nós temos mostrado o que tem sido feito ao longo desse tempo. Então não acho que vai ser difícil a população escolher em outubro quem ela quer para comandar nosso país", disse.