Durante pronunciamento em rede nacional nesta sexta-feira (31), o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar o passaporte da vacina contra a Covid-19, os governadores que implementaram o 'lockdown', defendeu o armamento e, principalmente, as ações econômicas do governo federal durante a pandemia.
O discurso do chefe do Executivo, transmitido ao vivo às 20h30 e com duração de seis minutos, foi usado para defender o governo, inclusive em relação à postura dos ministros e do próprio presidente sobre as chuvas que atingem a Bahia.
"Lembro agora dos nossos irmãos da Bahia e do Norte de Minas Gerais, que nesse momento estão sofrendo os efeitos das fortes chuvas na região. Desde o primeiro momento, determinei que os ministros João Roma e Rogério Marinho prestassem total apoio aos moradores desses mais de 70 municípios atingidos", disse ele.
Nos últimos dias, Bolsonaro vem recebendo críticas nas redes sociais por estar passando férias no litoral catarinense enquanto o estado passa por uma crise devido às chuvas e enchentes que assolam a região durante o mês de dezembro. De acordo com Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec), as chuvas deixaram 33.247 desabrigados, 57.243 desalojados, 25 mortos e 517 feridos. No total, 661.208 foram afetados .
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Bolsonaro também voltou a dizer que defende a vacinação de crianças entre cinco e onze anos apenas com a autorização dos pais e prescrição médica , além de criticar novamente o passaporte vacinal.
"Não apoiamos o passaporte vacinal. Nem qualquer restrição àqueles que não desejam se vacinar. Também, como anunciado pelo ministro da Saúde, defendemos que as vacinas para as crianças entre 5 e 11 anos sejam aplicadas somente com o consentimento dos pais e prescrição médica. A liberdade tem que ser respeitada", afirmou.
Mais cedo, em vídeo publicado nas redes sociais, o mandatário voltou a ironizar o 'panelaço' organizado pela oposição para ocorrer durante o discurso do presidente. "Estou convocando toda a esquerda do Brasil para fazer um panelaço, bem grande, para comemorar três anos sem corrupção", afirmou.
O último pronunciamento do ano também serviu para mirar nos possíveis eleitores de Bolsonaro nas eleições de 2022, mencionando questões como a facilitação de acesso às armas e ações contra a violência no campo.