Durante transmissão ao vivo nesta quinta-feira (30), o presidente Jair Bolsonaro (PL) agradeceu o apoio da Argentina à crise que assola diversas regiões da Bahia após chuvas
e disse que caso a ajuda seja necessária, a missão humanitária será intermediada pelo governo federal.
Na live, o mandatário também rebateu o governador da Bahia, Rui Costa (PT), que havia dito que a ajuda argentina seria intermediada pelo próprio estado, sem ter que "passar pela diplomacia brasileira" . "A Argentina não vai [...] lidar diretamente com o governador da Bahia, isso não existe, não faz parte da boa política entre países", afirmou Bolsonaro na noite de hoje.
"Nós fomos bastante educados, agradecemos o apoio de 10 pessoas para trabalhar aqui no Brasil, mas traria grande dificuldade para a gente, porque é um grupo que tem que tratar com todo o carinho... Então um alojamento especial, transporte etc. Nós temos pessoas aqui no Brasil para esse tipo de missão", defendeu o mandatário, que recusou a ajuda do país para lidar com os estragos causados pelas enchentes no estado.
Hoje mais cedo, Bolsonaro justificou a decisão dizendo que o apoio "não seria necessário no momento", mas poderia ser aceito caso a situação piore . Durante a transmissão, o chefe do Executivo manteve a opinião e afirmou que o cenário na Bahia está melhorando: "Se nós precisarmos, pediremos, mas pelo que parece, as informações que tive por último, as águas começaram a abaixar lá na Bahia."
De acordo com os números atualizados pela Defesa Civil nesta quinta, o número de mortes em decorrência das chuvas subiu para 25 , além dos 37.035 estão desabrigados, 54.771 desalojados e 517 feridos. No total, 643.068 pessoas foram afetadas.
Governadores de 15 estados brasileiros e do Distrito Federal anunciaram que vão enviar mobiliar equipes especializadas em operações de salvamento e materiais para auxiliar no resgate das vítimas.