A investigação sobre a suposta prática de rachadinha no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) se arrasta no Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ).
Desde maio, quando o juiz Marcello Rubioli, da 1ª Vara Criminal Especializada do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), quebrou o sigilo do segundo filho do presidente Jair Bolsonaro, a 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada, responsável pelo caso, praticamente só colheu dois depoimentos, nos quais um dos ouvidos negou a acusação e o outro arguiu o direito de permanecer em silêncio — as oitivas ocorreram em setembro e outubro, respectivamente.
Dados das instituições bancárias sobre movimentação financeira não chegaram nem foram periciados, segundo fontes do MP-RJ e da Justiça. Também não foram ajuizadas novas medidas cautelares para produção de provas.
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Em campanha por uma vaga de desembargador no Tribunal de Justiça pelo Quinto Constitucional, o promotor Alexandre Murilo Graça tem dito a interlocutores que só retomará o caso após a eleição de 2022. Ele conduz praticamente sozinho o inquérito de Carlos.
Procurado pelo Globo,
Graça, que é titular da 3ª Promotoria, afirmou, porém, que o caso está em andamento e que aguarda a conclusão de um laudo, mas sem informar a natureza do documento.