O filho 04 do presidente Jair Bolsonaro (PL), Jair Renan, foi intimado a prestar depoimento à Polícia Federal (PF). O órgão, que deve ouvi-lo ainda esta semana, apura o pagamento de uma suposta propina a ele por empresários.
A suspeita é de que Renan se associou a outras pessoas "no recebimento de vantagens de empresários com interesses, vínculos e contratos com a Administração Pública Federal e Distrital sem aparente contraprestação justificável dos atos de graciosidade". Isso é o que diz um trecho do inquérito da Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal, divulgado pelo jornal O Globo.
De acordo com a publicação, a PF investiga se a empresa de Renan, a Bolsonaro Jr Eventos e Mídia, foi utilizada para promover articulações entre a Gramazini Granitos e Mármores Thomazini, grupo que atua nos setores de mineração e construção, e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
O grupo presenteou Renan e o empresário Allan Lucena, um dos parceiros comerciais dele, com um carro elétrico avaliado em R$ 90 mil. Depois de um mês, os representantes da empresa se reuniram com Marinho em um encontro que contou com a participação de Renan e, de acordo com o próprio ministério, foi marcado a pedido de um assessor especial da Presidência.
Em meio a isso, o advogado do filho de Bolsonaro, Frederik Wassef, disse ao jornal que não pode comentar a intimação porque o caso corre em segredo de Justiça. Ainda assim, ele negou que o 04 tenha ganhado um carro ou praticado "qualquer ato ilícito" e disse que o inquérito é fruto de uma suposta "perseguição da esquerda".